segunda-feira, setembro 25, 2006

confissão


Letra e música: Fabinho Silva


CONFISSÃO (Salmo 51)

Deus, vês as minhas transgressões
Por tuas misericórdias
Tendes compaixão de mim.

Sei que pequei só contra ti
E todo o mal que fiz
Está sempre diante de mim.

Ó, não rejeites meu clamor
Apaga toda minha transgressão
E meus lábios cantarão o teu louvor!

Então, a alegria de viver
a tua salvação
e nela me suster.

Lava-me, Senhor,
Pois estou impuro
Usa o teu amor,
Purifica-me de tudo.

Um espírito que não pode se abalar
renova
E vem criar um puro coração
em mim.



Essa música acabou de ganhar o 1º lugar do FESTFUSA (Festival de musica da Federação das UMP's de Santo André)

dia 23.09.2006

Foi no Teatro Paulo Machado de Carvalho - São Caetano do Sul.


PARABENS, FABINHO!!!!!!!!!

sexta-feira, setembro 22, 2006

pedido




Senhor, há vontade de servir-te correto.
Almejo a missão perfeita, que,
penso estar fora dos portões da tua casa.

É bom congregar com teu povo,
É calor, crescimento,
Sustento, renovo.

Mas, passam pelos nossos vidros,
Chorosos, feições oprimidas,
Sedentos de consolo, pobres de espírito,
Almas cansadas, vidas cativas.

Ó Pai, há tantos perdidos, que precisados estão
do teu amor virtuoso, não-político, fiel e
inaugurador de outrora incaptável perdão.

Senhor, queria eu que minha canção
Agora aflita e suplicante
Fosse rio que jorra e inunda,
Vida que pulsa e transborda,
Não-inerte, intensa, abundante.

Faz-me um servo testemunhador,
Rico em esperança e
Derivado de graça, sublime amor,
Resultado do teu querer,
Teus feitos, digno, faz-me, Senhor, viver.


21.09.2006

imagem:xafarica.weblog.com.pt/arquivo/pobres-thumb.jpg

diário de menina

Dia 02

Ei, é meu aniversário!!!!
Doze anos.
Será que vai ter festa?


Dia 15.

Hoje eu acordei me sentindo diferente.
Meus cabelos estão longos e brilhantes
Meu olhar tem um outro prisma
Meu dorso já não é igual.
Minhas bonecas estão naquele canto, perto da janela.
Não consigo mais falar com elas
Também não me ouvem mais.
Não vejo mais graça nisso.
Às vezes, ouço cochichos pelo ar:
“- Está crescendo....”
Tenho aprendido a costurar.
Engraçado que antes, ninguém me deixava mexer em nada.
Agora, querem me ensinar de tudo.
O que será que anda acontecendo?


Dia 27

Mamãe hoje me falou sobre o filho do sr. Ezequiel.
Perguntou se eu o achava bonito.
Não estou falando?
As coisas andam meio estranhas por aqui.


Dia 30

Não tenho passado bem estes dias.
Acho que estou com febre.
As aulas de costura foram até suspensas.
Papai trouxe um médico aqui.
Eles conversaram por muito tempo sobre mim.
Mas, ninguém me falou nada.
Só me mandam ficar deitada.



Dia 02

Estou com muita vontade de dar um passeio.
Lembrei do meu aniversário.
Aquele foi um dia tão bom.
Estavam todos muito alegres.
Há um sol lindo lá fora.
Queria molhar meus pés no rio, como sempre fazia.
Ao mesmo tempo, meu corpo está cansado.
Não consigo levantar.
Minha cabeça dói demais.
Mamãe anda chorando pelos cantos, quase nem sorri.
Muita gente já veio me ver.
Alguns trazem remédios.
Estou enjoada de tantos vidros e potes.


Dia 10

Hoje aconteceu algo muito estranho
De repente, não estava mais em meu quarto.
Só que não lembro de ter saído de casa.
Fui andando por um lugar diferente.
Muito iluminado.
Tinha uns anjos que sorriam para mim,
Me dizendo “- venha, é por aqui.”
Procurei por minha mãe ou meu pai, mas tinha tanta gente.
Ouvi bem longe um som maravilhoso.
Parecia um coral que cantava:
“Santo! Santo! Santo!”
Será que me levaram a uma sinagoga?
Não tinha cara de sinagoga ali.
O que achei interessante é que não estava mais cansada.
Me senti leve como se aquele mal estar de antes tivesse desaparecido.
Andei mais um pouco e me deparei com um trono.
Nunca havia visto algo semelhante.
Uma luz muito intensa saía dele e não dava pra enxergar quem estava sentado.
Havia lá também vários anjos ao redor.
Quando fui me aproximar mais, para tentar ver o dono do trono,
Escutei uma voz que dizia:
“Talita, cumi!!!” , ou seja, “menina, levanta-te!”
Era um convite irresistível.
Uma voz suave e firme ao mesmo tempo.
Abri os olhos e estava novamente em meu quarto.
Havia alguém diferente ali.
Um homem ao lado de minha cama me olhava.
Naquele instante entendi que era ele quem havia me trazido de volta.
Reconheci sua voz.
Ele me olhava e me transmitia um amor tão grande.
Inexplicável. Maior do que sentia que meus pais tinham por mim.
Parece que se preocupava comigo.
Mas eu nem o conhecia.
Só ouvi a sua voz e obedeci.
Não havia como não faze-lo.
Quando ele me falou, acordei.
Todos que estavam em meu quarto, se maravilhavam.
Meus pais choravam como crianças.
Se abraçavam e me abraçavam e davam glórias a Deus.
Eu ainda não estava entendendo.
Mas, agora eu estava faminta.
Pedi um lanche e minha mãe foi correndo fazer.



Dia 15

Todos os dias sonho com aquele lugar por onde passei.
Às vezes penso que queria voltar lá.
Lembro-me do homem do amor tão grande.
De alguma forma, sei que ambos tinham uma ligação.
Agora preciso dormir.
Amanhã tenho aula de costura.
Não quero perder.





baseado no texto: Mateus 9:18-26

"Mateus 9:18 Enquanto Jesus estava falando ao povo, um chefe religioso chegou perto dele, ajoelhou-se e disse: - A minha filha morreu agora mesmo! Venha e ponha as mãos sobre ela para que viva de novo.

Mateus 9:19 Então Jesus foi com ele, e os seus discípulos também foram.

Mateus 9:20 Certa mulher, que fazia doze anos que estava com uma hemorragia, veio por trás de Jesus e tocou na barra da capa dele.

Mateus 9:21 Pois ela pensava assim: "Se eu apenas tocar na capa dele, ficarei curada."

Mateus 9:22 Jesus virou, viu a mulher e disse: - Coragem, minha filha! Você sarou porque teve fé. E naquele momento a mulher ficou curada.

Mateus 9:23 Depois Jesus foi para a casa do chefe religioso. Quando viu os que tocavam música de enterro e viu a multidão numa confusão geral,

Mateus 9:24 disse: - Saiam todos daqui! A menina não morreu; ela está dormindo! Então começaram a caçoar dele.

Mateus 9:25 Logo que a multidão saiu, Jesus entrou no quarto em que a menina estava, pegou-a pela mão, e ela se levantou.

Mateus 9:26 E a notícia a respeito disso se espalhou por toda aquela região."

terça-feira, setembro 19, 2006

Raiz duma terra seca

Letra: Débora Camargo
Música: Fabinho Silva

Procurando nas notas caminhos
Que incertos, parecem morrer,
Vou vivendo, vagando, perdendo
A fé lutando, tentando
O alvo manter, sem medo, só crer .

Céu inerte, sem cor.
Vento velado, vazio, apagado.
Meu peito chorando, sofrendo.
Vai a vida, levando, correndo
Pra qualquer lado, perdido sem ver.

Mas se a noite é longa,
Se a mente vaga,
Se o vento é fraco,
Se o caminho morre,

Ele que é vitória, concreta e forte,
Rebenta glorioso,
Renasce, floresce,
A vida ressurge, a seiva aparece
Como em um tronco profundo corte
Como chuva na criação
Como raiz duma terra seca.


13.06.2006


MUUUUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIITOOOOOOOOOOOOO LEGAL!!!!!!!

terça-feira, agosto 29, 2006

é assim que eu oro


Eu posso pedir
Por minha família,
Por meu bichinho ferido
Pela vovó tão velhinha
Ou por um brinquedo querido.

Posso agradecer
Pelo meu lanchinho
Pela roupa nova,
Pelos passarinhos.

Isso é a oração:
Falar com meu Deus,
Bem alto ou baixinho,
Para todos ouvirem
Ou escondidinho.

O Papai do céu
Meus pedidos ouve,
Se for seu querer
De pronto responde.

Às vezes espera
Me manda aguardar
Pois é Ele quem sabe
Tudo o que vai se passar


22.08.06

rosto em terra



Bem sei, ó Jesus
que as lágrimas de nada valem
se não há mudança.
Sei também que a Tua mão
pesa sobre meu viver.
Meu corpo se arrasta,
minha alma cansada está
E a mente procura entender.

Com os joelhos no chão,
o rosto em terra
ao céu elevo meu coração.

Ouvindo ó Deus
Tua voz a me chamar
Quero ser mais santo.
Tornar-me puro mais e mais.
Esquecer as acusações,
Só a ti dedicar canções,
Fazer da minha vida um louvor.

Com os joelhos no chão,
o rosto em terra
ao céu elevo meu coração.



Escrevi essa letra em 15.04.94.
Ficou doze anos guardada.
Agora o Fábio musicou.
A melodia ficou muito legal.

terça-feira, agosto 22, 2006

em tudo






Jesus quer que eu brinque
Jesus quer que eu cante
Quer que eu viva
Quer que eu plante

Jesus quer
Que eu jogue futebol
Que eu solte pipa
que eu tome sorvete
que eu fique legal

Em tudo, porém,
Seu nome honrar
Para o mundo saber
Que Ele mora em mim


Jesus quer que eu pinte
Jesus quer que eu estude
Quer que eu dance
Quer que eu pule.

Jesus quer meu sorriso
Que eu tenha muitos amigos
Que eu fale sempre a verdade
Que eu cresça com vitalidade.

Em tudo, porém,
Seu nome honrar
Para o mundo saber
Que Ele mora em mim.


22.08.2006
13:24 h

Talvez um dia eu publique um livro infantil...

imagem: http://www.your-soul.com/archives/brincadeira-de-crianca.jpg

segunda-feira, julho 24, 2006

Como corre e pula!
Como dança!
Canta e pinta.
Em suas mãos, sempre, papel, caneta e tinta.

Nem um minuto de descanso.
Imita a vida.
Brinca, de canto em canto....

Palavras que nem entende ainda
Tira risos, encanta.
Canta!
Sempre.


Minha pequena princesa
Assim sempre é chamada.
Dengosa, querida.




tô fazendo, ainda.
advinha quem é?

quarta-feira, julho 19, 2006

salmo 85

Tantos feitos grandiosos
Diante de teus olhos estão
Misericordia derramaste
na terra de Jacó.
O perdão recaiu sobre o teu povo,
Seus pecados não mais foram vistos,
Teu furor contido,
da tua ira te desviaste.

E quanto a nós, Senhor,
Deus da nossa salvação?
Estaremos pra sempre apartados
de tuas tão ternas mãos?

Restaura, vivifica e concede,
Aproxima-nos da tua salvação.
Para que em ti nos alegremos,
Fala-nos da tua paz.

A tua gloria enche toda a terra
perto esta a tua salvação
E a graça e verdade se encontraram
A justiça e a paz se beijaram.

Tantos feitos grandiosos
Diante de teus olhos estão...



Eu e o Fabio fizemos juntos, acho que em maio.
A gente já cantou na igreja essa.
Achei que ficou legal.

quinta-feira, junho 08, 2006

filho

Que sono tranqüilo é esse?
Seu respirar fazendo um barulhinho.
É criança. Descansa.
Toco seus cabelos com calma,
sem medo de você me afastar.
Seus olhinhos verdes, agora fechados, dormindo.
Sussurrando.
Que delícia ficar por perto!
Pedacinho de mim que agora cresce.
Bebê já não é.
Cresce.
Fique comigo, mesmo sem perceber.
Me deixe ser mãe aqui
Ao lado da sua caminha macia.
Seu travesseiro cheiroso.
Seu lençol enrolado.
Seu coração sereno.
Sem choro ou tristeza.
Preciso dessa horinha
Em que você é apenas meu.


31.05.06


Às vezes me sinto tão impotente perante certas situações. Hoje estou triste, com o coração apertado o dia inteiro. Quando ouvi músicas do Carlinhos e do Stênio parece que senti Deus mais perto. Foi bom. Queria algo pra me agarrar. Isso valeu a pena.
Queria poder ver a vida de um jeito menos rígido. Que não tivesse que haver tanta disciplina. Em contrapartida, a obediência deveria vir por opção.Queria mais tempo pra sentar no chão e brincar, cantar juntos, conversar mais.
O tempo passa tão rápido. Essa correria tresloucada me deixa meio zonza. Me sinto tão cansada, consumida.
De quando em quando penso não ter forças pra lidar com isso.
Dinheiro. Será que vale a pena tudo isso?
Tenho vontade de largar tudo e cuidar dos meus pequenos, enquanto ainda o são.Dúvidas por todos os poros.Hoje precisava falar, falar, falar, cantar, ouvir, ficar comigo mesma.
Mas nem isso é permitido.

terça-feira, maio 30, 2006

querência






Poeira vermelha do chão batido
Levanta lembranças velhas
Dessa estrada, que muito choro, viola cantou.

Chapéu na mão e um rosto suado.
Rebanho cansado, mas toco em frente e sempre vou.
Mato seco, e o céu rosado.
Nenhuma nuvem embranquece a tarde colorida.

Ver...
Pra onde vai essa terra sofrida?
Viver...
Nenhum sustento amanhã talvez.
Permanecer...
Somente por graça, fiel, imedida.

Esperança tenho
Presente em meu peito
levo a vida silente, sereno,
a cada dia com fé e paciência.
Pois sei que num tempo perfeito
Verei a terra molhada, e a planta crescendo
Numa eterna e nova querência.



imagem: http://www.comartevirtual.com.br/gifs/rodpint11.jpg

quarta-feira, maio 24, 2006

????

Eu e o Fábio estamos explodindo em letras, melodias, palavras, sentimentos...
Acho que Deus está nos chamando novamente pro nosso talento.
Isso tem que ser aproveitado..
Precisamos fazer algo a respeito.


olha só o que ele escreveu por esses dias:



Ainda hoje, prometo
rabisco uns versos, um soneto
de poucas palavras
e extrema emoção.

Quase uma duzia de frases
que dirão tudo em partes
quem ler chorará
ou, quiçá, não.

Ainda hoje, certeza
O mundo terá, com clareza
de fatos, poesia de vidas, canção.

Ainda hoje, prometo
Cantar, tocar do meu jeito
pedaços da alma, coisas do coração.

Se bem que o tema é incerto:
De fé e amor está perto,
e agruras do dia,
e histórias na mão.

Ainda hoje, certeza
peço licença, a fineza:
juntam-se os versos,
dedos e violão.

Ainda hoje, prometo
faço da musica um intento
que seja verdade
que eu seja um dos Seus.

Ainda hoje, certeza
tudo de mim, inteireza,
voz e acordes,
um hino ao meu Deus.(maio/2006)

aviva

Carlinhos Veiga/Olemir Cândido


Vivemos dias tão maus
Onde o engano e a vaidade reinam
Teu povo se perturba
Com esses valores
Livra-nos de negarmos nossa fé
Livra o teu povo de cair

Aviva tua obra, ó Senhor
E faze-a conhecida
Mesmo que custe a vida
Usa-me com graça, ó Senhor


Essa música do Carlinhos.... hoje acordei com ela na cabeça. É impressionante a visão que ele tem do mundo. Penso que ele é um profeta dos nossos tempos. Se pudessem ouvir a melodia... é maravilhosa!!!

HOJE NÃO

Perco a forma
Do meu melhor verso.
Por distração,
Até por cansaço.
Se o vejo passar?
É certo.
Mas faltam-me forças
Para correr atrás.
No céu, à minha frente,
Existe um convite
Que se espalha
Na imaginação e
Quase consegue levar meu corpo
À procura da palavra.
Mas as nuvens dão-me sono,
Como suaves nuances
Que cintilam em meus olhos.
Hoje não tenho vontade
De ser poeta.


OUTUBRO/92


Essa poesia é de 1992 (faz tempo...) Estou numa fase literária "bastante crente". Só estou conseguindo escrever sobre Deus. Isso é maravilhoso, mas não tem saído nada "mundano".

sexta-feira, maio 05, 2006

onipotência




Na imensidão do mar
Que esconde mistérios
Coloquei meu pensamento.
Medo da grandeza.
As ondas levam e trazem
Conforme seu augusto prazer.

Calmaria, solidão.
Tempestade, turbilhão.
Contraste majestoso
De vida e morte.

Água que saneia.
Profundidade que explode em vida.
Sal que permeia.
Matéria que matiza em cores.

Minha vida jogada ali.
Tão efêmera.
Tão volátil.
Tão pequena.

Força.
Mito.
Escuridão.

Em pensar meu Mestre
Sussurando apenas.
Dono da vida.
Senhor do mar.
A fúria dissipou-se.
Curvando-se ao onipotente querer.


05.05.2006

imagem: img.photobucket.com/.../ turner01_judiaria_sw.jpg

quinta-feira, maio 04, 2006

coração púrpura (Lídia)

O rio corre sereno
Como nossas orações.
Mulheres se curvam humildes,
Buscam a Deus de seu jeito.

Nessa praia, a água tão clara
Remete ao seu amor incomparável,
Seu proteger inefável,
Seu proceder perfeito .

Maravilhoso como Deus
Em sua soberana vontade
O coração dos seus prepara
Para receber a santa verdade.

Aquelas doces palavras
Vieram ao nosso encontro.
O reino de Deus chegara.
Foi como saber disso o tempo todo.

Jesus , a água da vida,
Seu espírito mandou naquele momento,
Agindo tal qual bom pastor
Trazendo graça imedida
Certeza, perdão e alento.


Ao ver Paulo e Silas pregando
Tudo tão claro ficou
Salvação hoje e sempre
Em minha casa, minha alma entrou.


E o coração que já era bem perto,
Vermelho como as tintas que vendo,
Hoje canta glórias ao Rei,
Pulsante, feliz, leve como o vento.


29/04/06

sexta-feira, abril 28, 2006

clamor de ana

Meu coração anseia
Ter em meu ventre
A alegria que o rosto formoseia,
Traz alento e conforto,
Enche a alma de amor, um sublime presente.

Um filho, uma promessa.
Tudo parece tão longe.
Herança do Senhor...
Que deixarei nesta vida,
Senão meu pranto, minha dor?

Ó Senhor Deus,
Que ouviste de Sara a oração,
Brotando dali um rebento,
Um povo escolhido,
Uma grande nação.

Inteira me derramo agora
Perante Teu santo altar.
Se fosse este Teu divino querer:
De fazer minha existência completa,
De trazer uma criança a meus braços,
Para que minha alma que sofre
Ficasse um pouco mais quieta.

Confiança no Deus Eterno.
Assim decidi esperar.
É o que exalta os humildes,
Os pobres faz saciar.
Faz dos planos humanos
Em sua hora, tempo e lugar,
Vitória sobre a tristeza.
Nos lábios põe um sorriso,
Faz da vida um motivo
Para eternamente o exaltar!

22.04.2006

mais uma... faz parte de um projeto secreto que estou intentando...

terça-feira, abril 18, 2006

arregaçar as mangas

Estive neste final de semana no acampamento da Mocidade para Cristo em Belo Horizonte, chamado “Som do Céu”. È um acampamento basicamente de música. Foi muito legal ver que existem pessoas ultrapassando as portas da igreja e usando a música como um canal de evangelização de fácil aceitação. Cada um ao seu estilo, levando as boas novas de salvação. Sal da Terra, de Garanhus-PE, toca música totalmente nordestina, inclusive em seu linguajar. Maravilhoso! Eles se embrenham no sertão nordestino, nos presídios, nas praças, em qualquer lugar para falar de Jesus a tempo e a destempo. Cia de Jesus toca reggae (se é assim que escreve...) . Muito legal. Carlinhos Veiga : música Goiana regional, com viola caipira e tudo. E muitos outros... É bom pra gente ver que é hora de “arregaçar as mangas, por as mãos no arado, não olhar pra trás e vestir a camisa...” Foi uma experiência inesquecível!!!

terça-feira, abril 11, 2006

afins

é com tristeza que vejo pessoas perdendo a fé...
revoltam-se contra outras pessoas e as instituições.
apontam o pecado dos outros para justificar suas prórpias transgressões.
minha oração, parafraseando Stenio Marcius, é que Deus não permita que se percam loucamente em seus caminhos.
começei a escrever algo sobre isso. ainda não acabei. não sei ainda como vai acabar:

quando a ferida se torna em revolta
a vida morre.
a fé esfria.
desculpas.
ataques.
somente esse ciclo permanece,
de dor, martírio, opressão.

quando a ferida se torna em revolta
dúvidas e injustiças se fundem,
e já não se sabe mais
qual era a essência.
somente o rancor permanece
dilacerando, moendo, destruindo.

descobrir a cura não é difiícil.
está bem ao alcance das mãos.
bem perto do sentir.
mas não é fácil admitir.
é doloroso.
é vergonha.
é exposição.

(deve continuar...)

o poeta da caneta

A caneta do poeta
Pinta o sol de azul ou preto.
Torna o mar tão distante
E o céu fica no infinito.
A caneta do poeta
Que fere corações,
Que suscita emoções,
Num minuto traz
O pensar para dentro do papel.
A caneta do poeta
Torna a vida em meras rimas,
Rolam lágrimas sentidas
Na magia das palavras combinadas ao acaso.
A caneta do poeta
Muda a dor em alegria,
Faz da vida uma ciranda
Onde tudo é colorido,
Divertido.
A caneta do peta
Faz e desfaz.
Faz dos homens
Objetos de sentimentalismo
Direcionado pelas letras.
Controle-remoto.
A caneta do poeta.
Ah...caneta do poeta.
O poeta da caneta:
Alguém notável
Que tranca o mundo dentro de uma folha...


maio/91

segunda-feira, abril 10, 2006

justiça e amor

Homem, sim, sujeito a rancores,
Jonas endureceu seu coração.
Não aceitou de Deus a clemência:
"Quem dera morresse toda uma nação..."

Vem tristeza da parte de Deus:
"Jonas, meu filho, homem de hebreus,
Tem compaixão, não há razão...
Bem mais que plantas, são os filhos meus.
Amor pra hora certa e reconciliação..."

02.03.92 - acampamento de carnaval no Seminário de Campinas. Outra parceria com o Fabinho....

oração de fé (salmo 13)

Procuro o teu rosto, ó Deus,
Esquecestes de mim?
Até quando ó Pai do Céu
Ficarei triste a cada dia?
Até quando estarei relutando na minha alma,
que parece tão vazia?
Até quando meu inimigo me acusará?
Até quando suas forças serão contra mim?
Responde minha oração,
Atenta para mim, ó Deus, meu Deus!
Faz lanterna na noite,
Não deixes que eu durma.
Afasta de mim a morte.

Para o louvor da Tua glória,
Derrota meus inimigos,
Com o sabor da Tua vitória...

Eu na Tua graça somente,
Alegro meu coração e mente.
Confiança é o que inspira o meu louvor.
Transbordante e novo,
Por que o Senhor me tem feito bem!


junho/94
também musicada pelo Fabio.

quarta-feira, março 29, 2006

cauterização



Alguém passa e eu olho.
Qual seria o liame entre nós?
Quem conhece o estranho
Que desperta questões
Ao meu olhar especulativo?
O estranho do outro lado da rua
Tem seu leito
Sabe-se lá onde.
Seus pertences, sua história
Numa trouxa de pano
Judiada pela vida.
Sentimentos?
Quem saberá?
Quem conhece o que
Num simples fio de imagem
Traz tanta mensagem
Presa na consciência?
Simples como o fio:
Não tenho nada com isso.
Volto pra casa.
Esqueço tudo.

Outubro/92




imagem:
http://www.civilia.es/diferentes/2000/306.jpg

terça-feira, março 28, 2006

ouve Senhor!


Quantas vezes tentei
Escrever-te o poema de adoração
Que fluísse de dentro, perfeito.
As falhas,
Grandes marcas,
Grandes manchas,
Impedem de chegar
Ao trono único, ao altar.
Derrama, Senhor,
Da tua graça e amor.
Coloca a cruz
Do teu filho Jesus
Como ponte para o perdão.
Jesus:
Fonte de vida pra consagração.
Jesus:
fonte de vida pra união.
Jesus:
Fonte de vida pra comunhão.

Outubro/92


Músicada pelo Fábio. Fizemos nessa época muitas parcerias de sucesso.

sublime confusão

Queria uma forma de expressão artística
Diferente dessa esquematização de palavras.
Uma renovação ilustrativa
Não visível a olho nu.
Queria desenvolver o parágrafo
Sem ter que me ater às margens.
Queria uma folha de papel
Para poder enquadrar o sonho
Da forma mais abstrata,
Sem ter que definir
O que é o espírito.
Queria um ingresso à arte
Realizado por contraste,
Sem ter que discorrer comparações inúteis.
Queria que essas crônicas de costume
Comprometidas com a denúncia,
Delegassem a seus autores
Poderio necessário
Para retirar toda a maldade
Que se esconde atrás da porta.
Queria que os seres humanos,
Enlouquecidos e doentes,
Vivessem algum dia.
Queria fazer poesia
Sem ter que me explicar.
As imagens puras e simples
Seriam boas razões.

Julho/91

poucos podem entender


Minha trajetória poética:
Inútil junção de palavras sem sentido,
Tendo um narrador em primeira pessoa
Capaz de captar sensações,
Partículas de um conflito vivido
(saudade x paixão),
Analisar a seqüência de aspectos,
Incorporar termos acessórios
A esta poesia de tom melancólico,
Sem gosto ou bucólico...
Minha trajetória poética:
Busca contínua de palavras ideais
Para dizer do sentimento
Que corre por entre veias,
Acompanhando o líquido vital.
Minha trajetória poética:
É olhar para aquela carta,
Virar os olhos para a janela
E tentar tirar das nuvens
Duas linhas para um poema.
Minha trajetória poética
Se resumiria em apenas três palavras apenas.
Mas é difícil dizer,
Poucos podem entender
O significado real de
“eu te amo”.
Minha trajetória poética...


Julho/91

1991 foi o ano de maior produtividade literária. Coincide com o curso de joenalismo que iniciei. A vida dá tantas voltas. Quem sabe algum dia eu volte a ser amante das letras.

segunda-feira, março 27, 2006

o espelho

Arranha-céus.
Concreto armado.
Resquícios do azul natural.
A procura desvairada em cada rosto...
Onde estás?

Viadutos sufocantes.
Veículos tresloucados
Em guerra crua contra o tempo.
A procura desvairada em cada esquina...
Onde estás?

Vil corrida pela cidade.
Avenidas.
Rudes combinações de sons.
Visual fremente.
Cinzentos tons.
A procura desvairada em cada espaço...
Onde estás?

Todos os lugares.
Fim da cidade.
Vã procura.
De repente,
Um espelho.
Dele se desprende
A tua imagem
Sacramentada em meu próprio mundo.
Lá estavas e eu não te via...

Junho/90

uma das primeiras poesias

sexta-feira, março 24, 2006

na escola

É cedo. É sol. É dia.
-..."já pra escola!"
Livro, lápis. Lençol, já ficou.
Papel, palavra, pela vida vai levar.
Brinca, corre, pinta, come.
Brinquedos, amigos, lembranças.

Bola, pião, corda, botão.
Boneca, carrinho, pratinho, peteca.
Brinca de viver.
Vive de brincar.

É fome. Fome e sede.
Sede de tudo.
Fome de vida.
Tudo olha.
Tudo aprende.

Corre, corre.
Corre pra vida.
Corre pra frente.
Cresce e pula.
Um dia, vira gente.

Sorriso gostoso.
Abraço amistoso.
Sabe que sempre está lá.

É tia , é "Prô".
às vezes, também um pouco mãe.
Chora, beija, corre pra ela.
A tia é quem mais sabe no mundo.
Tomara amanhã chegue logo,
Pra encontrar tudo isso de novo.


formatura do pré de Gustavo- Escola Primi Passi- dezembro de 2004.
Pra você, meu filho.

Lembrando-me de você.




Mãos firmes
Roçando o rosto pueril.
Dedos fortes se entrelaçam nos finos cabelos.
Abraço apertado.
E o colo seguro
Que acolhe o choro, a dor, a dúvida.

Força, brandura.
Carinho, firmeza.
Capacidade de mesclar
Disciplina e amor.

Esteio.
Modelo.
Provedor.
Sacerdote do lar.

Conselho certo.
Vivência concreta.
Tem sempre de ser
A palavra final.

Pai, saudade de seu colo agora...
Tornar-me-ia criança novamente
Apenas para sentir seu cheiro e
deixar o tempo passar.

Onde você está não há choro.
Um Abraço Maior o acolheu.
A lágrima ficou somente em meu rosto.


Homenagem a meu pai-concurso poesias escola dominical-agosto/2005-igreja presbiteriana maranata

quarta-feira, março 22, 2006

JUNÇÃO

Toda pena quando tinta
Quer dizer alguma coisa...
Assim, o branco já não é.
Toda vida quando não só
Traduz cumplicidade...
Assim, uma só já não é.


Longe ou perto, duas são.
Jamais se dispersarão.
Quase que um respirar.
Apenas um viver.
É assim que me sinto.
Quando me entendo você...


25/04/2000

terça-feira, março 21, 2006

canção de marta




Água, óleos, perfumes e vinho
Comida, pão, panos finos e linho
Tudo pronto para meu mestre cuidar
Já chega, sem demora.
È divino! Merece! É hora de tudo apressar.

Em meio a minhas tarefas
Onde corro, faço tudo com pressa
Escuto ao longe sua voz
Como é doce! E tem tanto poder...
Não posso divagar, o tempo é algoz.
Meu mestre precisa comer.

E assim vejo Maria:
Com ele nem se importa
Nada fez para recebê-lo
Que alma de criança,
Ficando somente a vê-lo.

No momento em que Ele me vê
Com seu imenso amor me repreende:
- Marta! Que fazes?
Tua alma precisas cuidar.
Vê tua irmã e aprende.

Ah! Que dor de minh’alma
que se quebra, desmancha e chora
meu coração pensava estar certo

Agora com clareza,
Seu olhar ciente de tudo,
Seu poder me envolvendo de perto...

Como eu queria, com toda certeza
Fazer o tempo voltar, agora
E ficar a seus pés, em sintonia direta, contigo, Jesus...



21/03/2006
Obs: figura - Alessandra Cimatoribus