quarta-feira, dezembro 19, 2007

Mais um conto de natal

Por Débora Camargo

Era um fim de tarde bastante quente, abafado. Antonio saíra do trabalho e ia para casa. Sentiu vontade de ir caminhando. Sabia que demoraria muito mais, porém, já havia resolvido.
Olhava as pessoas, a rua, as cenas. Pensava consigo como era interessante observar.
Quando ia de metrô, era tudo tão rápido, tão escondido embaixo da terra, que nem sequer levantava os olhos. Nada via.
Hoje seria diferente. E gostou mesmo de observar.
Começou a olhar as vitrines de natal. Tudo muito bem arrumado, dourado, cheio de produtos convidativos. Havia muita música.
Passeou os olhos sobre as crianças em frente à loja de brinquedos. Tinham esperança estampada nos rostinhos. Era o desejo de que aqueles presentes então fossem seus. Afinal, era natal.
Viu também uma senhorita carregada com sacolas. Andava apressada. Parecia que tinha feito as compras para a grande ceia. Pelas beiradas das embalagens, percebia-se garrafas de vinhos, caixas de bombons, queijos, coisas de dar água na boca.
Do outro lado, viu um ambulante vendendo cartões de natal. Chamava a atenção dos possíveis clientes, dizendo: “não esqueçam dos amigos neste natal, mandem lindos cartões!”.
Antonio continuava, olhou para o relógio e percebeu que ainda havia muito caminho até chegar.
Foi então que, de repente, todas as luzes se apagaram. Uma falta de energia elétrica deixou a cidade escura, silenciosa.
O caminhante instintivamente parou. E agora?
Não sabia mais o percurso. Faltava-lhe direção.
Não havia vento e aquele calor parecia intensificar-se.
Antonio começou a sentir suor escorrendo pelo rosto. Estava ali aterrorizado. Não conseguia mexer-se. Ouvia ruídos que não sabia de onde vinham, nem o que eram.
Um pensamento de pânico surgiu-lhe e imaginou que ficaria para sempre naquela escuridão.
Quase pensou em gritar, mas nem isso parecia poder fazer. O suor então pareceu-lhe gelado. Seu corpo tremia.
Quando já não agüentava mais, as luzes acenderam e tudo voltou ao normal.
Antonio sentia-se ridículo. Parado ali, sem norte.
E percebeu o que tinha acontecido.
Ao andar pela cidade festiva pela chegada do natal, repleta de sons e luzes por todo canto, Antonio tinha sensação de segurança. As coisas realmente existiam, estavam ali.
Mas quando tudo ficou escuro, em silencio, o chão sumiu-lhe dos pés. O medo tomou conta por que não tinha mais nada a que se apegar.
Lembrou-se então do texto nas Escrituras Sagradas: “O povo que caminhava em trevas viu uma grande luz; sobre os que viviam na terra da sombra da morte raiou uma luz.”
Isaías profetizava acerca da vinda do Messias, do Filho de Deus.
Ficou tudo muito bem claro para Antonio.
Havia se esquecido da verdadeira luz do Natal.
Entendeu que assim como ele muitas pessoas têm buscado falsas luzes. Têm encontrado solidão, medo, desespero.
Estão perdidas numa cidade escura.
Lembrou-se ainda de outro texto “...por que um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o governo estará sobre seus ombros e seu NOME será: MARAVILHOSO, CONSELHEIRO, DEUS FORTE, PAI DA ETERNIDADE, PRINCIPE DA PAZ...”
Seguiu seu caminho, olhando para a luz do Cristo do Natal, em paz.

(19.12)

domingo, dezembro 16, 2007

blog do Pavarini

leia:

www.pavablog.blogspot.com (sal da terra.com um pouco de pimenta)

quinta-feira, dezembro 13, 2007

repensando musica

(por Fabinho Silva em www.raizdumaterraseca.blogspot.com)


No princípio, criou Deus os céus e a terra. E, segundo alguns, criou cantando. Embora isso não esteja escrito explicitamente na Bíblia, eu acredito nisso. Crença minha, do CS Lewis, do JR Tolkien, e dum lote d'outros que inspiraram esses dois pensadores-romancistas.
Faz sentido. A música é tão importante, mas tão importante, que deve ter sido criada antes mesmo da criação, antes da terra ser habitada por homens e mulheres. E deve ser por isso que tanta gente que mexe com música na igreja se ache assim, digamos, tão divina. Porque, afinal de contas, a música se tornou a coisa mais importante nas igrejas de crente.

Mas - que surpresa - a música, tão divina, não é privilégio dos crentes, e todo mundo, em todos os países, raças, tribos, povos, línguas, religiões... Todo mundo tem alguma coisa com música de alguma forma. Alguns usam a música para rituais religiosos, outros para puro entretenimento.
Se veio daí a invenção da distinção entre "música do mundo" e "música de Deus" - a saber, música de Deus é a que se performa nas igrejas de crente, e música do mundo é tudo o que não se toca nas igrejas de crente - não sei. Mas isso se tornou a regra.

Se a música que toca nas igrejas é de Deus, então ela tem que ter um tratamento especial. E as pessoas que trabalham com música na igreja, são também pessoas especiais. São mais divinas que as outras. No templo de Israel havia os levitas, que eram os caras, os especiais. Hoje, nos templos crentes, também temos levitas. A função dos levitas crentes é fazer o melhor para o Senhor, levando a igreja ao mais perto possível da adoração perfeita através da música. Todo levita que se preze tem convicção que sem seu trabalho a igreja não poderá agradar o coração de Deus.
Isso não foi sempre assim tão claro na história da igreja, mas é porque a igreja não havia evoluído ainda e não tínhamos assim tanta facilidade de ter instrumentos e microfones e equipagem de som de última geração. Os pobres crentes do passado ainda não tinham tido a visão do fazer o melhor pro Senhor, e nem poderiam, pois ainda não havia microfones Shure. A bem da verdade, sempre tivemos crentes que quiseram trabalhar na igreja, a qualquer custo, mas naqueles tempos a música era só mais uma opção. Ah, mas nos tempos da nova visão de fazer o melhor pro Senhor, a primeira opção é fazer parte do ministério de música, pois é aí que reside o mistério da divindade.

Como os corais andam caindo em desuso, e o número de microfones e plugs de entrada de instrumentos disponíveis ainda é limitado, já viu, né? Briga de foice pra conseguir uma vaga entre os levitas, com mortos e feridos. E briga de foice pra manter os levitas unidos: sempre tem um mais divino que o outro, e pra manter a concorrência interna em níveis aceitáveis, só modernas táticas de gerenciamento de equipes pra dar conta.

No lado de lá, sentados ou em pé, está a congregação, o corpo de Cristo, os irmãozinhos da igreja, que precisam de ajuda e direção para adorarem ao Senhor. Tem uns três tipos de crentes que estão lá: o primeiro acredita que os levitas lá em cima são os caras, divinos mesmo, ungidos do Senhor, e sem eles seria impossível acontecer adoração. O segundo não acredita nem desacredita, acha tudo bonitinho, e prefere não pensar a respeito. O terceiro morre de inveja que não é levita, e torce pra que arrebente a porcaria da corda da guitarra e que uma mosca entre na boca daquela cantora que se acha. Ah, tem outro tipo ainda, que acha uma bobagem enorme esse negócio de "música do mundo" e "música de Deus", mas esses provavelmente nem crentes são.

Outro dia perguntei pra uma pessoa desse grupo adicional, o que ela achava dessa discussão toda. Segundo essa pessoa, tudo o que o público (foi assim que ela chamou a congregação que senta ou levanta pra ouvir música na igreja) quer, os artistas (como ela chamou os levitas) buscam fazer. Numa frase: "Os levitas de hoje fornecem entretenimento travestido de louvor e adoração pra um público que finge não estar se entretendo atrás de uma aparência de espiritualidade - o que normalmente redunda em música e vida de má qualidade."

Meu...

Biblicamente falando, música faz parte do culto, sem dúvida nenhuma. O que fazer, então, pra que não haja fingimentos nos cultos?
Eu sei lá.

Talvez repensar o que está sendo feito, pensar um pouco diferente... Pensar é bom.

- deixar de dar tanta importância assim pra música nos cultos seria um bom começo... Quem sabe eliminando os grupos que detêm poder musical e transferindo poder de decisão para a congregação. Como se fora uma roda de viola, como se fazia antigamente nos cultos domésticos: quem toca, carrega seu próprio instrumento, ninguém dirige, todo mundo canta e toca junto. Sem ensaiar mesmo. Sem amplificadores ou dez pessoas ao microfone dirigindo outras dez. Nem dá pra ouvir a congregação cantando... Menos importância pra música, menos gente se matando pra fazer parte da trupe dos levitas.
- a música nos cultos deveria ser uma coisa harmônica... Momento de cânticos levíticos sem conexão com o andamento do culto é muito comum... Aliás, liturgia não é palavrão nem nome de doença grave. Não fica estranho quando se começa um culto com um típico hino tradicional de adoração ("Ao Deus de Abraão Louvai"), e 20 minutos e mais dois hinos e um solo e um hino pelo coral e confissão de pecados e leitura de salmos depois alguém anuncia que vai começar o momento de adoração? "Vamos todos juntos adorar ao Senhor agora", convida o levita...
- se a música for encarada como sendo aquilo que ela é (uma manifestação cultural, uma expressão artística concebida por seres humanos), vai facilitar muito o fim desse fingimento de adoração que às vezes acontece. A dicotomia música de igreja versus música do mundo não contribui pra nada, por que as únicas músicas que foram mesmo inspiradas por Deus estão gravadas na Bíblia (ex: os Salmos). O resto, pura manifestação cultural humana. As músicas dos grandes e bem-sucedidos ministérios de adoração que existem é tão divina quanto Chico Buarque.
- As congregações precisam ser estimuladas a pensar mais do que sentir. Esse é o caminho inverso do apregoado pelos mega-ministérios de louvor que dominam rádios e vendas de CDs.
- Nem todo médico é médico só da igreja, e nem todo professor é professor só na igreja. Em conseqüência, nem todo músico precisa ser músico só pra igreja. É maldade acusar um músico de não trabalhar pra Deus se ele não se interessa por fazer parte da banda dos levitas A ou B. Vai que ele faz alguma outra coisa e você não sabe.

“déjà-vu”

De repente olho
E a vejo de pés descalços,
correndo pela vila.

Cabelos de pouco volume
e olhos verdes de chamar a atenção.
Rosto sujo de tanto brincar.
Felicidade.
Sim. É presente.

Amigos, livros, bonecas e sonhos.
Nenhuma foto de aniversario.
Mas a alegria, sempre constante
Compensa a falta de bexigas e comemoração.

Cantorias, brincadeiras sem nexo.
Avó embalando. Família.
Cumplicidade com alguns.
Gira tudo.
Pirulitos coloridos também
Fazendo a cabeça pirar. “Pirulitar”.
É doce.

Como saber o que viria?
Como entender o desenrolar natural?
Olhos verdes espreitando.
Nada via.
Nada sabia.
Isso que é bom.
Viver , correr sem saber.
Amar.
Crescer.



13/12/2007
acabei de ler "confidência do Itabirano", de CDA

segunda-feira, novembro 26, 2007

cançoes profeticas

a partir de hoje farei uma sessao com cançoes que nos levam a pensar.
verdadeiras profecias.


"Crer eh tambem pensar."

COISA SÉRIA

Sergio Pimenta


Olha que a coisa é séria, maninho, é para vivenciar,
É pra não falar apenas certinho, sem ter vida pra mostrar.
Pois, o tempo passa logo, maninho, e essa de aproveitar
Pode parecer até bom caminho, mas, no fim amargará.

Olhe, está em tuas mãos, abrir teu coração para o que Deus falou.
Responderes, sim ou não, é tua decisão, ao seu imenso amor
Preste muita atenção, não é religião, e nem novas éticas,
Falo ao teu coração, de uma direção pra uma vida autêntica.
Falo de ser um cristão, mas, de viver pra cristo e não de fé semântica.


(16.12)


TUDO É VAIDADE

João Alexandre

Vaidade no comprimento da saia, no cumprimento da lei
Vaidade exigindo prosperidade por ser o filho do Rei
Vaidade se achando a igreja da história
Vaidade pentecostal
Vivendo e correndo atrás do vento, tudo é vaidade
Vaidade juntando a fé e a vergonha Chamando todos de irmãos
Vaidade de quem esconde a verdade Por ter o povo nas mãos
Vaidade buscando Deus em si mesmo Querendo fugir da cruz
Não crendo e sofrendo, perdendo tempo Tudo é vaidade
Falsos chamados apostulados do lado oposto da fé
Dinheiro, saúde, felicidade aquele que tem contra aquele que é
Rádios, tvs, auditórios lotados ouvindo o evangelho da marcha ré
A morte se esconde atrás dos templos Tudo é vaidade
AONDE ESTÁ A HONRA DOS ORGULHOSOS A SABEDORIA MORA COM GENTE HUMILDE
LIBERDADE LIBERDADE

(16.12)



É PROIBIDO PENSAR

Letra e música: João Alexandre Silveira

Procuro alguém para resolver meu problema,
pois não consigo me encaixar nesse esquema,
são sempre variações do mesmo tema,
meras repetições.

A extravagância vem de todos os lados,
e faz chover profetas apaixonados,
morrendo em pé,
rompendo a fé dos cansados
que ouvem suas canções.

Estar de bem com a vida
é muito mais que renascer.
Deus já me deu sua palavra,
e é por ela que eu
ainda guio o meu viver.

Reconstruindo o que Jesus derrubou,
Recosturando o véu que Jesus já rasgou,
Ressuscitando a lei, pisando na graça, negociando com Deus...
No show da fé milagre é tão natural, que até pregar com a mesma voz é normal.

Nesse evangeliquês universal,
se apossando dos céus,
estão distantes do trono,
caçadores de Deus ao som de um shofar.

E mais um ídolo importado
dita as regras para nos escravizar:
"é proibido pensar".

(13.12)



COMPROMISSO

(Letra e Musica: Cintia Scola)

Leva a água na cabeça e um filho no seu ventre
Fome, frio e há tanta dor, por seis filhos
Sem telhado, roupa e educação.
O coração angustiado por viver nessa miséria
Pensa que não tem ninguém
Seu marido foi levado pelo camburão.
Trabalhar ela precisa mas ninguém lhe deu guarida
Logo outro filho vem
Mais um homem dessa sub-raça que a fome fez.

E então eu me pergunto onde estão aquelas gentes
Que se chama de Cristãos
E se cegam vendo a nossa raça em extinção?
Jesus mandou ir pelo mundo
Divulgar o evangelho e a justiça do Reino de Deus
que condena essa miséria toda e a nossa omissão.
O compromisso com Jesus deve ser mais do que um verbo.
Fazer justiça ao explorado e aflito
Agrada mais a Deus do que um simples ritual vazio.

(03.12)



DIARIO DE BORDO

(Letra e musica:Carlos Sider)

Chega que falem, que pensem, que digam
que sou o que fui o que nunca serei
chega de historias que cantam vitorias
vãos caricatos retratos de alguem

Basta às canções que me custam fingir
dá-me o que venha de mim

Que a minha cação mostre sempre quem sou
mesmo que mostre o que tento esconder
Que seja o retrato da transformação
que vejo Tua mão sempre em mim promover

Que a minha canção só registre onde sou
mesmo que longe ainda esteja do lar
indique o exato, fiel posição
onde anda o barco
e o que falta chegar

Chega de frases, de rezas perdidas
repetições que não mudam ninguém
Basta às bravatas, decretos, medidas
vãs pretensões de fazer Deus refém

venham canções que Te mostrem Senhor
e que elas brotem de mim.


(01.12)


ENQUANTO SE DISCUTE

(Letra a musica: Carlinhos Veiga)

Enquanto se discute se eh suco ou vinho
Que será servido na Santa ceia
Milhares de pessoas saciam sua sede
Nas fontes luminosas das praças da cidade

Enquanto se discute o cardápio cinco estrelas
Do jantar de fim de ano da irmandade
Milhares de pessoas dormem com frio e fome
Não tem o que comer, não tem o que vestir

Enquanto se discute se entra ou não entra
A profana bateria no louvor da igreja
Milhares de pessoas são batuques
Dos cacetetes dos soldados

Enquanto se discute se eh reverente
Levantar as mãos e dar um “aleluia”
Milhares de pessoas gostariam de ter alguém
Para dar a sua mão....um irmão

Enquanto se discute se eh nove ou dez
A porcentagem do salario que vai para a igreja
Algumas poucas pessoas dão suas vidas
E tudo o que tem por milhares que estão por ai
Pelas praças...pelas fontes..sim, com frio...
E com fome..
Com soldados... sem amigos...sem Jesus
Sem Jesus!

(28.11)

FONTE

Letra e musica: Sergio Pimenta

As palavras não dizem tudo
Mesmo que o tudo seja fácil de dizer
Com certeza fala bem melhor o mudo
Se sua atitude manifesta o que crê

Compromisso, sumiço, omisso
Ou faz o que fala ou se cala de uma vez
Que não venha sobre si justo juízo
Pois terrível coisa eh cair nas mãos do Rei

Mesma língua que abençoa, amaldiçoa
Mesma língua canta um hino e traz divisão
Não pode da mesma fonte o doce e o amargo
Se Cristo habita de fato no coração.


(27.11)

FALSO VEU

Letra: Guilherme Kerr
Musica: João Alexandre


Quem eh que pode te garantir
Que este teu jeito de servir a Deus
Seja o melhor, seja o mais leal
Um padrão acima do normal

De onde vem tanta presunção
De ser mais santo, de ser capaz
De agradar a Deus, crente nota dez
Superior, acima dos fieis

Pobre esse entendimento que não vem do céu
Fraco discernimento, frágil, falso véu
Tenta encobrir em vão teu lado animal
Luta e perseguição, tanto desejo mau
Confusão, divisão...

Se alguém quer mesmo agradar a Deus
Saber das coisas, compreender
Mostre em mansidão de seu caminhar
Ser gentil no gesto e no olhar
E a diferença que existe em nos
Poeira vinda do mesmo chão
Eh somente o amor
Que nos alcançou
Graça imensa, imenso perdão
Eh somente o amor
Que nos alcançou
Graça imensa, imenso favor.

(26.11)

quarta-feira, novembro 14, 2007

cada qual

E parecia assim tao agoniada.
Ninguém pode entender.
Nem eu.
Tão escuro e aflito.
Tão suplicante.
Ninguém consegue acessar.
Ninguém.
Tão marcantes as letras,
Os sussurros pulam
Pedindo ajuda.
Mas ninguém pode saber.
Ninguém sabe mesmo.
Nem se quisesse.
Mas ostentava mesmo a angustia
Em cada linha.
E o desespero toma conta
E ja soluçante e cansada
Sinto-me fragil e tonta.
Queria entào ser socorro.
Tudo em vao.
Cada qual com suas dores...


16.11.2007

terça-feira, novembro 13, 2007

balaio

Ouço tanto falar do mar.
Do mar que alimenta, do mar que consome.
Nesta tarde que não o tenho por perto,
Queria então apenas lembrar.

Queria revolver sentimentos
E encontrar alguns motivos para o verso.
Inverso.
Silencio.
Avesso.
Começo.
Fim.

Insucesso.
Peço.
Processo.
Reverso.
E o verso?

Nada.
E no meio de tantos essos
Me perco mesmo é num balaio de não versos.
Hoje me vejo não poeta.
Retrocesso.


13/11/2007

terça-feira, setembro 18, 2007

prece

o vento que sopra a vela que me leva
apaga a luz que acendi pra essa prece.
se apresse.
nao que eu quisesse
mas o dia apareceu,
veio o clarao e se foi o breu.
fiquei aqui pensando
o por que de sua demora.
divaguei.
li.
sonhei.
nao escrevi.
apenas orei.
pedi. pedi sim.
mas o vento assoprou a vela.
fiquei entao a ve-la.
queimou-se.
nao sei ainda da prece.
uma coisa apenas lhe digo:
se apresse!




parece que aqule fio de inspiraçao que tive outro dia resolveu dar as caras, ja que fazia muito tempo que eu nao dava a minha.....

segunda-feira, julho 02, 2007

Uma página de 1994

Contar
com dez, vinte
sejam quantas forem as letras
Que dói profundo
Isso a que os poetas
Chamam de saudade.
Crescer
Seja em metros, milhas
Qualquer que seja a escala
Bem mais
Isso a que os poetas
Chamam de amor.
Sonhar
Seja real ou mesmo apenas não
Qualquer que seja a dimensão
Límpido e claro
Isso a que os poetas
Chamam de desejo.
Querer
Forte e sempre
Esse a quem
Chamo de você.....


Dizer da saudade, do desejo, da distância e sofrimento sempre se fez o melhor ganha-pão dos poetas. Às vezes nem tão apaixonados, mas famintos.
Os noturnos também sentem fome. Daria um roteiro incrível. O que é crível?

A realidade nem sempre combina com a crença. Cair da cobertura significa encontrar um concreto gelado, sólido, que não coloca panos quentes.

Mas o jogo nos ensina a sorrir...tão amarelo seria se soubesse que é tão somente falso.

Nesse jogo de fome, vida, profissão, dizer-se poeta das saudades pode ser mesmo cômico; mas eu não.

Eu sempre a digo por que ela está sempre comigo e você não.

13/07/1994
0:50h

Parabéns!

Pensei num poema de aniversario
Procurei aos quatro cantos o melhor que pude
Por todo lado, palavras avulsas,
Coisas sem sentido.

Não queria nada disso.
A vida é muito mais.
Os dias passam,
Os ventos varrem tudo:
Amigos, amores, cantigas, sabores.

Mas as cores ficam
Eternizadas na tela da lembrança.
Todos os anos, elas vão e vem
Num balé coreografado pela história.

Por isso, amigo,
Mais que beleza, bens ou ventura
Desejo a voce.

Que vejas o momento
Num som de realejo
E não afogues o coração.
Que da rotina não sejas escravo
E teus sonhos não sejam em vão.



Hoje é aniversário de um velho amigo. Procurei alguma poesia pra mandar. Acabei fazendo....

quarta-feira, junho 20, 2007

lembranças

Das saudades que sinto,
não minto,
a mais especial é lembrar dos dias de sol e livros.
Leituras aquecidas.
O ventinho morno e sonolento que morava na minha janela.
Sons familiares pela casa.
Minha gata pelo chão.
Minha paciência sem fim.
Saudade é uma lembrança engraçada que pinça a gente no tempo.
Sinto ainda o gosto do suco de graviola,
e o som da musiquinha que sempre cantava nesses dias de sol.
Nos dias de hoje a saudade chega mais rápido,
por conta da pressa do tempo,
da ansia pela vida,
da maturidade.
Em pensar que daqui a um minuto tudo ficará no passado...



poesia da Li (Eliana Holtz), minha primamigamana.

lembrei das tardes de sol, nós morgando no sofá, dormindo pra não ter fome, rindo das idiotices que falávamos, fazendo planos infalíveis para atormentar a tia Néia, eu querendo defenestrar a gata (Turquesa...risos!!!!).

foi um tempo muito bom. conviver com minha irmã gêmea (separada). nota: como eu sou mais nova, ela nasceu primeiro, me congelaram e depois de MUUUUUIIIIIITTTOOOO tempo, eu nasci.

agora somos mães. esposas. profissionais. desdobráveis. nós somos.



blog da Li: http://gavetasholtz.blogspot.com/

muito bom!!!!!

segunda-feira, maio 28, 2007

velha toada

Pele suada
Vida sofrida é assim
Fim de estação.
Velha toada
Conta a historia de mim,
Minha sede, meu chão.
Pisa o barro talhado
Gente do sertão.

Tarde rosada
Descansa o mato febril
O sol já se põe.
Marca na estrada
Onde um dia foi rio
Ossada de boi.
Terra rija, sem vida,
Esperança se foi.

Boca amarga
É mais que uma sede feroz.
Seca no peito
Um coração feito em pó
Que sobe pros olhos
E jorra com jeito de terra
Junto com a tarde e a luz
Meu canto se encerra.


Deito exausto
No mato, sem jeito, e assim
Olho pro céu.
Me embriago
No orvalho que gruda em mim
Gruda qual mel
Na escuridão
eu me perco sozinho, ao léu.

Nessa tristeza,
Em forma de névoa
eu vi a estrela brilhar.
Quase certeza
Perturba a mente ali
Querendo mudar,
Meu desespero e sorte,
Meu murmurar.

A luz dissipa
Parece que eu adormeço
Confuso, sincero,
Só sei que de tudo eu esqueço.
A noite traz choro
e o choro nao dura até o dia.
A cada manhã o Pai do Céu
renova a minha alegria.

Feita por mim e pelo Fabio.
Foi engraçado como foi feita.
Começamos a fazer juntos.
Depois, ficou lá esquecida.
Aí o Fábio fez mais um pedaço.
Então, tentei terminar. Fiz um poema bem típico meu. Nada musical.
O Fábio refez a poesia, transformando-a numa versão musical.
Saiu essa música. ficou beeeeeeemmmmm legallllllllllllllllllll!!!!
"A do CD..."
tem alguma coisa de "querência". tudo bem, é do mesmo estilo e, afinal, auto-plagio é permitido.
21/07/2006

quinta-feira, maio 24, 2007

baseado no salmo 102

Meu corpo se despedaça.
Minha alma se abeira da morte.
Lágrimas se misturam ao meu beber.
Alimento-me agora de cinzas.
Sofrimento e tristeza
Têm sido meus companheiros constantes.

Os meus inimigos todos me insultam
Por que vêem o meu pecado.

Tens me abatido, ó Deus.
Sinto-me entregue à perdição.
Meus olhos tentam mirar-te,
Mas só posso esconder minha face
Diante de Tua ira.

Sei que és libertador, poderoso e santo.
Segura meus ombros, pois estou prestes a cair.

Toma meu coração,
Apaga meus erros
Que têm me quebrado os ossos.

Renova-me o espírito.
Enleva-me à Tua presença.
Permita que me apresente:
Sacrifício em Tuas mãos.

Restaura em mim a alegria
Da Tua salvação.
Faz-me barro do Teu querer
Para que todo olho veja
A graça que não tem fim,
A misericórdia que se derrama,
O poder do Teu perdão.


27/04/2007


Grande tristeza no coração por um amigo.

“Quando o Senhor restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de júbilo. Então, entre as nações se dizia: grandes coisas fez o Senhor por eles; com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós, por isso estamos alegres. Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes do Neguebe. Os que com lágrima semeiam, com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo seus feixes.” Salmo 126


Ouvindo “Mata do Tumbá”

Pedindo a Deus misericórdia por aquela vida. Deus odeia o pecado, mas ama o pecador. Perdoa. Gostaria que olhasse por ele agora. Sinto-me triste demais.


...“caminho às vezes é desafio. O sol causticante na pele sofrida. Dúvida, dor, cansaço. Medo. Aflição.”

quinta-feira, maio 17, 2007

saudade, esperança e alegria

Minha vida, essa moda de saudade.
Ofereço ao Deus que me criou.
Cantigas, coisinhas, lembranças
Ficarão para sempre.
Cheiros, sons e cores
De um palco de viração.
Todas essas notas gravadas
Enebriam o coração
Apreciador de épocas distantes.

Ofereço ao Deus que me criou meu presente.
Uma moda de alegria.
Tão diferente.
Com novos sons e cores.
Cheiros e cantigas também.
Renovação da espécie, brinca e rebrinca.
Pinta a vida como outro palco.
Parece não tão diferente.
Mas tão alegre quanto.


Meu amanhã, uma moda de esperança.
Entrego ao Deus que me criou.
Eternas melodias, sons e brilho sem fim.
Abraço paterno infindável.
Aconchego tão delicioso quanto mel.
Assim espero chegar
Ao teu lugar santo, meu Senhor!

sábado, abril 28, 2007

faça valer (titulo provisório)

Agir sozinho.
Confiar na própria razão.
Decidir a vida (não só a sua).
É vaidade.
É engano.
Teimosia.
Desencontro.

Pensar só em si
Fechar a janela (pros outros).
Evitar o indesejado.
É comodismo.
É isolamento.
Egoísmo.
Estagnação.

Mas houve alguém
Que se doou
Pensou melhor
Tudo encarou
Fugiu do engano,
Se esvaziou.

Por muitos chorou.
Com pobres andou.
Pecadores perdoou.
Feridos curou.
Nada pra si.
Viveu assim
Morreu assim.

Faça valer.
Faça saber.
Pois todos quantos O receberam
Deu-lhes o poder
De serem feitos filhos de Deus,
A saber: os que crêem no Seu nome.



abril/2007

sexta-feira, abril 13, 2007

SOM DO CEU!!!!!!!!!!!!!!





Tenho tanta coisa pra falar do Som do Céu!

Esse Marcelo Gualberto é abençoado, mesmo. Fazer um evento tão maravilhoso desses!

Da mesma forma que no ano passado, saí de lá renovada, enlevada, a alma melhor, motivos e objetivos mais especificados, ou seja, vontade de estar mais perto de Deus, de servi-lo melhor, de estar junto dessa galera abençoada que faz musica pra Deus!!!!!!!!!

foi muito bom ter o Stenio e a Selma lá.

senti que Deus tem um plano melhor pro Stenio, que ele ainda tem muito mais a fazer. A sua música transpassa as barreiras... mexe com todo mundo. tudo acaba em lágrimas. a mensagem de Deus é passada como uma faca que corta, mas que depois traz renovação.

esse cara é de Deus e o Pai está mostrando a ele isso!!!

na internet, só se fala dele: vídeos, mensagens, etc. ele encantou a todos.


vi a Selma se emocionando com seu amado sendo usado por Deus!!!

e vê-lo servindo a santa ceia, então??????

foi demais!!!!!!!!!!!!!!


O Silvestre (apesar de ter convencido o gambá a se matar...que tristeza! hahahahah!!!) também foi ótimo!

sua mensagem é cortante também. além dele ser uma simpatia!

foi bom conviver um tempo a mais com a Simone e ver que pessoa linda ela é.

E a Raquel? conhecê-la foi demais também.

outra coisa maravilhosa: ver o fabinho cantando suas músicas pro povo!

Meu Deus, ele é outra pessoa agora. Espero que Deus molde esse menino mais e mais, por que ele também tem que divulgar a mensagem do Reino através de suas maravilhosas músicas (e sem timidez!!!!!)

rever Carlim e Claudia, Sr. Baixo e Dona Voz( como diz o Stenio...), rir pra caramba com o Ìndio, conhecer o Ivan Melo (grande músico também). conhecer o pessoal do orkut que até então era virtual (só um quadradinho na tela...).

olha, se eu não tivesse escrito tudo isso, diria que não tenho palavras!!!!!!


ano que vem, tô lá de novo!!!!

segunda-feira, março 26, 2007

postei no orkut na comunidade do VPC

musica cristã e missão da igreja de Cristo




Vi este texto postado pela Rubenita na comunidade "Sou Ex-VPC"


http://www.valterjunior.com.br/htm/cantinhodomusico/artigos/comjeitopimentasabordeus.htm

foi escrito pelo Quico Fagundes.

quando acabei estava em lágrimas.

imaginando o Pimenta.
relembrando a história da igreja brasileira contemporanea.
passeando pela rota da musica evangelica nos últimos tempos.
uma viagem mesmo.

ao ver tanta luta por que passaram nossos queridos musicos e a vitória que obtiveram; ao ver os momento por que passamos hoje e a degradação da arte cristã e a adoração nas nossas igrejas é que levanto esse manifesto.

postei isso aqui na comunidade VPC por que: CARAS! VOCÊS FORAM OS PIONEIROS!!!!

DEUS USOU VCS PARA QUE TIVÉSSEMOS O QUE TEMOS HOJE.

Influência sobre todos os bons musicos que temos!

Quem não cresceu ouvindo VPC da nossa geração?

quem não sonhou em participar de uma equipe?

quem não conhece todas as letras e melodias decor e salteado?


aí eu me pergunto?

cadê vcs e muitos outros?

cadê a visão missionária?
cadê as equipes?
cadê as viagens?

cadê os eventos evangelisticos?

será que nos curvaremos diante desses movimentos de massa e os deixaremos abafar a nossa brasilidade, toda a história que foi até agora escrita?


vamos deixar morrer a obra de Sergio Pimenta, Guilherme Kerr, Jorge Rehder, Nelson Bomilcar, etc, a missão de VPC, Jovens da Verdade, Mocidade para Cristo?



Que Deus, lá do alto de sua maravilhosa Glória, derrame sobre nós um pouco de sua graça e nos faça enxergar que os músicos cristãos atuais e comprometidos com a divulgação do Reino, falando de Cristo a tempo e a destempo precisam se juntar para não deixar essa tão importante comissão de que fomos incumbidos pelo proprio Mestre!!!!




abraços fraternais.

historinha de criança

VOVÓ PRA VALER


Esta é a história de dois irmãos e uma vovó.

Os irmãos eram o Zezico e a Loroca.

Eles gostavam muito e brincar e inventavam muitas maneiras de fazer isso.

Brincavam de heróis e princesas, de lego, de monstro, de jogar bola, de Pokemon, de Super Trunfo; até de boneca, às vezes, o Zezico aceitava brincar, mas aí ele era sempre o chefe.

Eles eram felizes e tinham uma vovó muito fofinha que morava numa linda cidade, só que era bem longe da casa deles.

Era a vovó Zizi.

Quando chegavam as férias ou o aniversário de Zezico e Loroca, vovó Zizi sempre dava um jeitinho de vir.

Tudo então era uma festa!

Vovó Zizi sempre trazia surpresas e docinhos escondidos.

Era uma bagunça para eles acharem os presentinhos no meio das coisas dela.

-“Tá frio! – dizia a vovó se divertindo muito.
-“Tá quente! – dizia novamente, deixando o netinhos ainda mais aflitos.

Ela nunca agüentava esperar os dois acharem e acabava contando o esconderijo!

Vovó Zizi em casa era sempre uma alegria para Zezico e Loroca.

Ela brincava com eles no chão, igual criança mesmo.

Montava casinha de lego, dirigia os carrinhos, penteava as bonecas.

Ah! A vovó Zizi ainda gostava de ir com eles à lanchonete, comer tudo que é coisa que os pais vivem dizendo: “isso não é nutritivo!”. E a vovó sempre tinha uma desculpa: “é só hoje, vai....”.

Os netinhos então, ficavam toda hora se enroscando com a vovó. Eram beijinhos pra cá, abraços pra lá; nem à escola eles queriam ir só pra ficar perto dela. È claro que ela tinha de dar exemplo: -“ Vão à escola, sim. É tão gostoso que eu também quero ir!!!”

As crianças já ficavam animadas e com uma pontinha de orgulho: “- mas, Vó, lá é só pra criança...” e lá saíam todas contentes.

A vovó Zizi era tão legal, que até os amiguinhos de Zezico e Loroca, chamavam-na de “vovó Zizi”.

Quando a turma a via chegando, saía todo mundo correndo para abraçá-la.
Acho até que eles pensavam: -“ eu queria essa vovó Zizi era para mim...”.
E assim os dias iam passando.

O ruim mesmo era quando ela tinha de ir embora.

Imagina a choradeira: era um abraçando, outro segurando a perna, escondendo mala. Uma confusão!

Mas ela sempre tinha aquele jeitinho doce de explicar as coisas e convencer as crianças.

Então ela se despedia e eles ficavam esperando até a última hora do ônibus sair.


À noite, quando iam dormir, os dois irmãozinhos sempre agradeciam ao Papai do Céu pelo grande presente que era ter uma vovó assim.




23/03/2007

terça-feira, fevereiro 27, 2007

sossega




No meio da vida, voando, vazia
Anseios, turbulência, medo, aflição.
Pensamentos, sonhos, tormentos,
Pedaços de história aparentam não ter fim.

E a vida?
Que é a vida?
Tão ligeira, volátil efêmera?

Matéria que respira.
Alma que geme.
Gente que passa.
Gente que morre.
A morte assombra.

E esse medo?
Alado como vento
Chega, para e se instala.
Suor frio escorre.
O corpo treme.
Os olhos fecham.

Ansiedade.
Tão sórdida
Quanto o manto da noite
Que esconde, aflige e desespera.
Espera.

Coração amassado
Busca caótica.
Tudo tão humano!

Se Deus veste os lírios do campo,
Alimenta as aves,
Enche os mares,
Molha a relva.
Sossega coração atribulado!
Entrega.
Espera.



27.02.2007
imagem: http://populo.weblog.com.pt/arquivo/hands.jpg

a pedra de amolar


Roberto Diamanso


Aquele que comigo, quando eu choro, chora
Aquele que comigo dança,
A este jamais direi:
Ora ,não me amoles

Porque se como o ferro com ferro se afia
Afia o homem a seu amigoI
Isto hoje te digo:
Podes me amolar!

Ó Deus,dá que quando entre eu e meu amigo
Houver atrito a ponto de sair faísca de fogo
Que eu não me desaponte porque esse tal
É enviado teu pra que eu não fique cego

Porque cego não vê que sem o esmeril
Se perde o fio,o gume
Quem pode perceber,não perde a comunhão,assume
Estende a mão,aceita
A pedra de amolar



Ontem (26.02) fomos ver o Silvestre Kuhlmann, o Stenio Marcius e o Roberto Diamanso no Espaço Redenção.

Esse Roberto Diamanso é um cara super simples, mas dele jorram palavras profundas, que calam bem dentro da alma....

Maravilhoso!!!!