sábado, dezembro 27, 2008

Regras valem


Lidar com pessoas é complicado mesmo. Numa simples brincadeira o líder disse: “fiquem tranqüilos, é bem engraçado. As regras são estas: tais, tais e tais. Vocês vão se divertir.
Em poucos minutos todos estavam rindo, descontraídos. Até que o negócio começou a ficar pessoal e uma ala dos participantes passou a questionar as regras.
Mais que depressa, os criadores das regras disseram que elas valiam para todos. E não era para reclamar, pois foram bem explicadas (ou impostas) no começo.
O processo continuou e quando os líderes começaram a ser afetados, as regras já não deveriam valer mais. Era hora de mudar o jogo.
Conclusão: regras são criadas para os outros cumprirem.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

DEUS CONOSCO



As crianças escreveram : "Papai Noel, sei que vc não existe..." - eu quis intervir, mas não pude.
Tive certeza: a inocência já se foi. E há muito.
Acho que também nunca acreditei, mas talvez fingisse pra mim mesma essa fantasia.
E disseram também: “queremos um presépio – o verdadeiro sentido do natal.”
Foi então que reparei que havia velas, estrelas, bolas, luzes, renas, bonecos de neve e papai-noéis por todos os lados, menos um presépio.
A geração de hoje é mais pragmática, mais sincera, mais autêntica que a nossa.É também mais madura. Sabem das coisas e defendem suas bandeiras.
Hoje mesmo vou providenciar uma manjedoura para agasalhar o menino que nos conduzirá ao Reino Eterno, aquele chamado Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.

quinta-feira, dezembro 18, 2008

Organiza o Natal

Carlos Drummond de Andrade

Alguém observou que cada vez mais o ano se compõe de 10 meses; imperfeitamente embora, o resto é Natal.

É possível que, com o tempo, essa divisão se inverta: 10 meses de Natal e 2 meses de ano vulgarmente dito.
E não parece absurdo imaginar que, pelo desenvolvimento da linha, e pela melhoria do homem, o ano inteiro se converta em Natal, abolindo-se a era civil, com suas obrigações enfadonhas ou malignas.
Será bom.
Então nos amaremos e nos desejaremos felicidades ininterruptamente, de manhã à noite, de uma rua a outra, de continente a continente, de cortina de ferro à cortina de nylon — sem cortinas. Governo e oposição, neutros, super e subdesenvolvidos, marcianos, bichos, plantas entrarão em regime de fraternidade.
Os objetos se impregnarão de espírito natalino, e veremos o desenho animado, reino da crueldade, transposto para o reino do amor: a máquina de lavar roupa abraçada ao flamboyant, núpcias da flauta e do ovo, a betoneira com o sagüi ou com o vestido de baile.
E o supra-realismo, justificado espiritualmente, será uma chave para o mundo.
Completado o ciclo histórico, os bens serão repartidos por si mesmos entre nossos irmãos, isto é, com todos os viventes e elementos da terra, água, ar e alma.
Não haverá mais cartas de cobrança, de descompostura nem de suicídio.
O correio só transportará correspondência gentil, de preferência postais de Chagall, em que noivos e burrinhos circulam na atmosfera, pastando flores; toda pintura, inclusive o borrão, estará a serviço do entendimento afetuoso.
A crítica de arte se dissolverá jovialmente, a menos que prefira tomar a forma de um sininho cristalino, a badalar sem erudição nem pretensão, celebrando o Advento.
A poesia escrita se identificará com o perfume das moitas antes do amanhecer, despojando-se do uso do som.
Para que livros? perguntará um anjo e, sorrindo, mostrará a terra impressa com as tintas do sol e das galáxias, aberta à maneira de um livro.
A música permanecerá a mesma, tal qual Palestrina e Mozart a deixaram; equívocos e divertimentos musicais serão arquivados, sem humilhação para ninguém.
Com economia para os povos desaparecerão suavemente classes armadas e semi-armadas, repartições arrecadadoras, polícia e fiscais de toda espécie.
Uma palavra será descoberta no dicionário: paz.
O trabalho deixará de ser imposição para constituir o sentido natural da vida, sob a jurisdição desses incansáveis trabalhadores, que são os lírios do campo.
Salário de cada um: a alegria que tiver merecido.
Nem juntas de conciliação nem tribunais de justiça, pois tudo estará conciliado na ordem do amor.
Todo mundo se rirá do dinheiro e das arcas que o guardavam, e que passarão a depósito de doces, para visitas.
Haverá dois jardins para cada habitante, um exterior, outro interior, comunicando-se por um atalho invisível.
A morte não será procurada nem esquivada, e o homem compreenderá a existência da noite, como já compreendera a da manhã.
O mundo será administrado exclusivamente pelas crianças, e elas farão o que bem entenderem das restantes instituições caducas, a Universidade inclusive.

E será Natal para sempre.




Texto extraído do livro "Cadeira de Balanço", Livraria José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1972, pág. 52.

quarta-feira, dezembro 17, 2008

momento eu























































o que foi o show do Raiz duma terra seca

por Fabinho Silva no Blog Raiz Duma Terra Seca


Acordei azedo nesta segunda feira cinzenta. Me parece que meu grau de ranzisisse (quem lê, entenda) antecipou o que vai ser de mim daqui uns 30 anos, no melhor da minha velhice: um sujeito rabugento e resmungão.
Isso prova o quanto, de verdade, estou feliz e satisfeito com o show do lançamento do meu CD no último sábado. Se estou rabugento hoje, foi porque estive mais que eufórico e extasiado no sábado.




Até há pouco tempo, eu não teria coragem sequer de mostrar uma composição nova pra minha própria esposa, mas sábado pude ouvir minhas músicas na voz de uns caras que há até pouco tempo eram meus ídolos.
Stênio Marcius, Glauber Plaça, Baixo&Voz. Já pensaram? Blockbusters da mpb crente...






e depois, os novos e tecnicamente implacáveis Diego Venâncio e Elly Aguiar.



E meu conselheiro, poeta, otimista incorrigivel, envergonhado parceiro na roda de samba, Eliezer Venâncio.




Tinha um maestro tocando piano, Eber Scherrer, sempre fleumático e brilhante. Um baterista que conheci a semana passada, o literalmente grande Ocimar Canovas, autodidata que faz carinho na batera. A flauta com charme e precisão da Sara "Venancio" Muller.









A revelação instrumental do ano, o violeiro Saulo Calantone.





E minha musa, linda como sempre, Debora "Takai" Camargo.






Tinha o Amauri e o Geir fazendo das tripas coração pra sonorização ser a melhor possível, um apoio inesperado e querido da Comunidade de Jesus em SBC. Tinha a Cibelle e a Fê Lopes, nossa maior tiete, cuidando de tudo que tinha a ver com decoração e detalhes logísticos. A Talita, minha sobrinha mais acelerada, cuidando do lodjinha.
















A prima Viviane Valim e a amiga Angélica Aguiar receberam elegantemente a platéia.














E toda a estrutura, o apoio, a camaradagem de uma verdadeira comunidade, que foi a do pessoal da igreja do Waltinho.














Gustavo e Ana Laura foram um show à parte nos sorteios de brindes.











Como show, foi muito bom, mas não foi nada de excepcional, vou ser justo. É provavel que a platéia não tenha se divertido tanto quanto os músicos que ali tocaram. Mas arrisco dizer que foi muito agradável, porque foi performado de coração, com alegria. Quando eu receber a edição das filmagens, colocarei alguns vídeos no youtube. E quem não pode ir, poderá tirar suas conclusões.
Esse evento foi um marco. Dia 13/12/2008 representa, pra mim, o debut como compositor conhecido. Desculpem, não é petulância: mas reconheço, eu mesmo hoje, que sou um compositor de mpb crente. Gosto de fazer música, e gosto de ouvir tais músicas na voz de outras pessoas - creio que essa é a minha missão nesse mundo.
Uma vez pedi (foi em 2006, depois de um Som do Céu): "ainda hoje prometo, faço da música um intento: que seja verdade, que eu seja um dos Seus". Entre tantos "nãos" recebidos do Pai, esse foi um "sim" que Ele, Deus de toda graça, me deu tão rápido que ainda parece um sonho.







Pense num azedo feliz...! :)
Ah! a melhor apresentação da noite, diga-se de passagem, nem foi uma música minha! O Stenio subiu no palco e começou com "Clube da Esquina 2". Rapidamente, estavam todos totalmente envolvidos na música... isso sim é show!

domingo, novembro 16, 2008

débora mesmo

sou mulher comum: tal como Adelia.
nem tão feia que não possa atrair
nem tão linda quanto Sophia.
vivo minha história,
sou dona da minha cozinha.
talvez em meu laboratório diário
não se encontrem sempre acertos,
mas as receitas são minhas.

sou mulher que trabalha
e vive correndo atrás do tempo.
choro nos meus cantos de quando em quando
e sorrio bem largo às vitórias de minhas crianças.

não sou mulher diplomata
de terno, salto e batom vermelho.
mas aprendo a negociar a todo instante
com essa a quem chamamos vida
e aquela a quem não queremos, morte.

sexta-feira, novembro 14, 2008

show de lançamento raiz duma terra seca






Show de Lançamento: "Raiz duma Terra Seca"

(por Fabinho Silva em RDTS)



A história do CD é longa, tem quase 20 anos... esse é o tamanho do sonho. O CD finalmente ficou pronto, fábrica e gráfica, em setembro deste ano. Ao todo, foram cerca de 18 meses de produção, cerca de 39 pessoas (músicos e técnicos) diretamente envolvidas, quatro estúdios diferentes, muuitas horas de edição, e um custo total de... bom, isso não interessa.
Interessa agora que vamos ter um show digno da produção do CD.
Com as participações especialíssimas do Baixo&Voz, Cíntia&Silvia, Eliezer Venâncio, Glauber Plaça, Stênio Marcius, Diego Venâncio, Elly Aguiar, Débora Camargo, além dos músicos Eduardo Montarelli, Eber Scherrer, Sara Muller, e ainda outros a confirmar, o show acontecerá no auditório da Comunidade Evangélica em São Bernardo do Campo (mapa e endereço abaixo), gentilmente cedida pelo Valtinho, pastor e amigo de longa data.
Além da Comunidade, o evento conta com o apoio cultural da Gossi Design, Editora Ultimato, do Portal Cristianismo Criativo, Editora W4, e do portal Buena Onda.
O ingresso será um 1kg de alimento não perecível - ou, pra quem esquecer, R$3,00. Os alimentos serão destinados às obras sociais da Comunidade.
Além das músicas do CD, pra não cansar ninguém teremos canjas com MPB e clássicos internacionais da melhor qualidade. Sortearemos livros, CDs, assinaturas da Ultimato, e mais surpresas no dia.
Se você, sendo cristão ou não, curte música boa, venha prestigiar esse show. Prestigie levando um CD pra casa, tanto o meu quanto dos músicos que irão participar - todos vão expor seus trabalhos. Fui bem seletivo na escolha dos músicos participantes, que é pra não decepcionar ninguém.
Ah! não se espante se vamos ter música secular (não-religiosa). Ledo engano pensar que não há verdades terríveis nas músicas de fora da igreja. Conforme sabemos, Deus é Verdade, logo toda Verdade vem de Deus.

Comunidade Evangélica em São Bernardo do Campo
13 de Dezembro de 2008, 19:30
Av Bunduki, 352 - Bairro Assunção
São Bernardo do Campo - SP



Exibir mapa ampliado'>veja mapa para chegar google maps






quarta-feira, outubro 29, 2008

eu queria ter na vida simplesmente


“Deus olhou lá de cima e confiou em mim...”
Será mesmo que estou à altura?
Às vezes me sufoco com meus sentimentos de culpa.
Trabalhar demais. Correr demais. Cansar demais. Reclamar demais.
-“você nem tem muito tempo pra brincar comigo.”
-“liga pro seu chefe. Diz que você não vai trabalhar.”
E não é que eles sabem mesmo o ponto fraco?
Queria tanto mais tempo pra fazer tudo o que eu queria.
Conferir a tarefa com calma. Assistir filme deitada no chão. Comer porcarias ou dormir tarde mesmo durante a semana. Falar menos não. Levar no inglês, na natação, na pracinha, andar de bicicleta. Dançar no tapete da sala.
Ou o que eles queriam.
E essa correria vale mesmo a pena?
-“o problema é que a gente leva um tipo de vida que não queria.”
Talvez eu resumisse: o problema é que a gente tem medo de ousar. Vai levando, apenas.

sábado, outubro 18, 2008

deixo pra trás a vontade de desistir

De repente eu começo a entender por que as pessoas escrevem.
É um exercício de exorcismo.
Colocar tudo pra fora. Tudo que está fazendo mal. Ou bem.
Não é diálogo. Por isso é bom.
Ninguém interrompe, não há reprovação.
Ao mesmo tempo, esperam cumplicidade. Mas aquela anônima, que não interfere.
Tenho lido tantos desabafos “bloguísticos”.
É meio solitário isso. Apesar do alcance da net. Meio paradoxal.
Não tenho escrito muito por aqui.
Parece que ta faltando assunto. Ando numa correria sem fim, cansada mesmo.
Preciso de um tempo pra colocar as idéias no lugar e isso não tem acontecido. Por mais que eu queira.
Vou postar essa musica então.
Deixar que outros falem por mim hoje.


sexta-feira, outubro 03, 2008

e por falar em nostalgia

casagrande



Deitar com você nesta rede
Num xadrez que enquadra o luar
Remete ao perfume do orvalho:
Cheiro de aconchego,
lembranças de varandas que nunca tivemos.

Noite, frio, eu e você:
Emaranhado de sujeitos
Envoltos pelo sereno
Que vem ninar as samambaias, as hortênsias
Do jardim que nos sonhos é sempre nosso.

O barulho do vai e vem:
A trilha sonora
Que acompanha o vento singelo
e desarruma os cabelos,
mas coloca em ordem a presente vontade
do nosso pedaço de sossego.


minha tela de Anderson Monteiro "puxa uma cadeira minh'alma"

quarta-feira, outubro 01, 2008

paciência

Lenine

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
A vida não pára.
Enquanto o tempo acelera e pede pressa,
Eu me recuso faço hora vou na valsa,
A vida é tão rara.

Enquanto todo mundo espera a cura do mal,
E a loucura finge que isso tudo é normal,
Eu finjo ter paciência.
E o mundo vai girando cada vez mais veloz,
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós,
Um pouco mais de paciência.

Será que é tempo que lhe falta pra perceber?
Será que temos esse tempo pra perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara, tão rara.
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
Eu sei, a vida não para,
A vida não para não.


A vida é tão rara,
A vida é tão rara.




sabe quando você pensa: "eu poderia ter feito essa música"?
pois é.

segunda-feira, setembro 29, 2008

ou isto ou aquilo

(Cecília Meireles)

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.


por quê tem sempre de ser assim? uma escolha talvez não devesse anular a outra. a gente poderia crescer, escolhendo ainda ser criança. pare pra reparar: cabe muita coisa em nossas gavetas poéticas.

sexta-feira, setembro 26, 2008

Mateus 18:3 - E disse : Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus.

Cartas reais para Deus escritas por crianças traduzidas de original em inglês.


(do blog do Jorge Camargo)


** Querido Deus, Eu não pensava que laranja combinava com roxo até que eu vi o por-do-sol que Você fez terça- feira. Foi demais!
Eugene

** Querido Deus, Você queria mesmo que girafa se parecesse assim ou foi um acidente?
Norma

** Querido Deus, Em vez de deixar as pessoas morrerem e ter que fazer outras novas, por que você não mantém aquelas que você tem agora?
Jane

** Querido Deus, Quem desenha as linhas em volta dos países?
Nancy

** Querido Deus, Eu fui a um casamento e eles se beijaram dentro da igreja. Tem algum problema com isso?
Neil

** Querido Deus, Obrigado pelo meu irmãozinho, mas eu orei por um cachorrinho.

Joyce

** Querido Deus, Choveu o tempo todo durante as nossas férias e como meu pai ficou zangado! Ele disse algumas coisas sobre você que as pessoas não deveriam dizer, mas eu espero que você não vá machucá-lo.

Seu amigo (mas eu não vou dizer quem eu sou)

** Querido Deus, Por favor, me mande um pônei. Eu nunca te pedi nada antes,você pode checar.
Bruce

** Querido Deus, Eu quero ser igualzinho ao meu pai quando eu crescer, mas não com tanto cabelo no meu corpo.
Sam

** Querido Deus, Eu aposto que é muito difícil para você amar a todas as pessoas no mundo. Na nossa família tem só quatro pessoas e eu nunca consigo…
Nan

** Querido Deus, Meus irmãos me falaram sobre nascer de novo, mas soa muito estranho.Eles estão só brincando, não é?
Marsha

** Querido Deus, Se você olhar para mim na igreja domingo, eu vou te mostrar meus sapatos novos.
Mickey

** Querido Deus, Nós lemos que Thomas Edson fez a luz. Mas na escola dominical nós aprendemos que foi você. Eu acho mesmo que ele roubou sua idéia.
Sinceramente,
Donna

** Querido Deus, Eu não acho que alguém poderia ser um Deus melhor que você. Bem, eu só quero que saiba que não estou dizendo isso só porque você já é Deus.
Charles

** Querido Deus, Talvez Caim e Abel não matassem tanto um ao outro se eles tivessem seu próprio quarto. Isso funciona com meu irmão.
Eddie

Algumas do Brasil:

** Querido Deus, Faça o meu pai lembrar de trazer de presente tudo o que eu esqueci de pedir.
Robin

** Tia disse: Seu irmão nasceu, era muito bonitinho e foi direto morar com Jesus—explicando que o neném havia morrido. As crianças estavam em pé, ouvindo atentamente. O mais velho, de quatro anos, põe a mão no ombro do irmão de três anos, e ora: Papai do céu, leva o Viquinho também!?
Ciro




humor fino, humor inteligente, humor para poucos...

terça-feira, setembro 23, 2008

vamos sair pra ver o sol?






às vezes fico cansada desta minha sala sem janelas.
coloquei uma pra mim então.

quinta-feira, setembro 18, 2008

paradoxo


Procuro o verde no horizonte
Que, acinzentado, produz saudade.
Procuro motivos nas fumaças
Que, em indelével paradoxo, produzem o pão.
Procuro a terra no asfalto
Que, sem cheiro de mato, conduz a história.
Procuro flores nas esquinas
Que, de tão duras, dobram a esperança.
Coração caipira e
Alma campeira:
Mas a vida corre aqui.
E vai ligeira , sem perceber
O que realmente importa.


Cansada da correria.

sexta-feira, setembro 12, 2008

raiz duma terra seca

1991.
Eu tinha acabado de chegar à cidade de Santo André, vinda do interiorrrrrr (Tatuí-SP) para fazer faculdade de jornalismo na Universidade Metodista-SBC.
Fui convidada a assistir um jogo de futebol de salão do pessoal da igreja.
No ginásio, a primeira pessoa com quem dei de cara foi ele.
Misticismo ou não (definam como quiserem), passei a acreditar em amor à primeira vista. Encantei-me.
O tempo passou e aí todo mundo já sabe no que deu. São 17 anos juntos.
Desde o primeiro momento, conheci sua musicalidade e poesia.
Um jeito, que apesar de se auto-definir o mais tímido do mundo, sempre impetuoso, levanta as bandeiras daquilo que acredita e é capaz de travar infindáveis duelos teológico-filosófico-literários para defender suas convicções.
Sempre pontuando os momentos de sua vida com música, ela é o retrato da busca incessante pelo Criador e dependência total de Sua Graça e Miserícórdia, pelo reconhecimento da condição humana deteriorada pelo pecado.
O desejo de servir o Reino com o talento com que foi agraciado é sua impressão digital.
Depois de uns 25 anos sonhando, Fabinho Silva lança o primeiro álbum com suas composições: Raiz duma terra seca.

Em 2006 escreveu :

“Ainda hoje, prometo
faço da musica um intento
que seja verdade
que eu seja um dos Seus...”


É hora de compartilhar a alma.
Percebo que a resposta ao verso está chegando.
O CD foi destaque no programa Sons do Coração, de Nelson Bomilcar desta semana.
É muito gostoso ver os frutos aflorando.
Te amo, querido.



INTEIREZA

(Fabinho Silva)


Ainda hoje, prometo

rabisco uns versos, um soneto
de poucas palavras
e extrema emoção.

Quase uma duzia de frases
que dirão tudo em partes
quem ler chorará
ou, quiçá, não.

Ainda hoje, certeza
O mundo terá, com clareza
de fatos, poesia
de vidas, canção.

Ainda hoje, prometo
Cantar, tocar do meu jeito
pedaços da alma,
coisas do coração.

Se bem que o tema é incerto:
De fé e amor está perto,
e agruras do dia,
e histórias na mão.

Ainda hoje, certeza
peço licença, a fineza:
juntam-se os versos,
dedos e violão.

Ainda hoje, prometo
faço da musica um intento
que seja verdade
que eu seja um dos Seus.

Ainda hoje, certeza
tudo de mim, inteireza,
voz e acordes,
um hino ao meu Deus.

quarta-feira, setembro 10, 2008

Explicação de Poesia Sem Ninguém Pedir

(Adelia Prado)

Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,
mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,
atravessou minha vida,
virou só sentimento.




é isto que está acontecendo.
escuto o som nos trilhos e o verso está cá dentro, inquieto, querendo sair.
mas a correria desta vida inteira inunda a minha própria, trancando-o aqui...

segunda-feira, agosto 25, 2008

a dona da história




Sábadão à tarde, marido na aula do MBA, em casa com as crianças e um tempo chuvoso.

Entre uma e outra "clicada" no controle remoto, parei no Canal Brasil ( meu preferido) .

Despretensiosa passei a assistir um filme que estava começando.

1968. Carolina (Débora Falabella), aos 18 anos, participa de uma passeata de protesto contra o governo militar e encontra Luiz Cláudio (Rodrigo Santoro) com quem conhece o amor, casa-se e tem quatro filhos.

O enredo trata do diálogo que Carolina, agora aos 50 anos(Marieta Severo), trava com sua versão de 30 anos atrás questionando o rumo de sua vida se suas escolhas tivessem sido outras.

Uma frase chamou a atenção e me emocionei - na releitura de uma Carolina solteira e bem sucedida e ela pergunta a si mesma: "você trocaria tudo isso pelo grande amor de sua vida"?

Aí, assitam o filme para saber
Garantia de boas risadas e um tema que faz refletir.
Adorei.


olha o trailer.

quinta-feira, agosto 21, 2008

ordem

Brisa da manhã que serena bate
E fresca deixa a face .
E leve deixa o corpo
De que o pensamento também foge
E corre solto
E voa o céu.
Azul reluzente que o ar aquarela
E o cuidado revela
E concorde deixa a alma
Que para Teu abraço revolve
E é tão terno
E envolve e acalma.
Chuva serôdia que o luar enegrece
E escondida deixa a estrela
E silente deixa o espírito
De que a aflição vencida fenece
E é tão distante
E já tão esquecida.


21.08.2008
ouvindo "Morena", de Carlinhos Veiga,
cantador do amor de Deus em verso e prosa.

quinta-feira, agosto 14, 2008

incompreensão

Dor de sentimento
Explode em meio a angústia que arrebata.
Devaneios, delírios e já não se sabe mais o que resta.
Tentativas frustradas de explicação opõe-se ao
desejo de descanso e redenção.
Cruéis olhares são aqueles que apenas julgam,
Incorretos os que não distinguem matéria e espírito.
O corpo também sofre porque tudo tende a exaurir.
Bom seria se tudo fizesse sentido
E pudesse ser calculado o limite da existência.
E quem se importa se a noite, de tão leve, não procria o sonho?
No fim, tudo se resume ao desprezo.


14.08.2008

quinta-feira, julho 24, 2008

No meio da noite (Adélia Prado)

Acordei meu bem pra lhe contar meu sonho:
sem apoio de mesa ou jarro eram as buganvílias brancas destacadas de um escuro.
Não fosforesciam, nem cheiravam, nem eram alvas.
Eram brancas no ramo, brancas de leite grosso.
No quarto escuro, a única visível coisa, o próprio ato de ver.
Como se sente o gosto da comida eu senti o que falavam:
"A ressurreição já está sendo urdida, os tubérculosda alegria estão inchando úmidos, vão brotar sinos”.
Doía como um prazer
Vendo que eu não mentia ele falou:as mulheres são complicadas.
Homem é tão singelo.Eu sou singelo. Fica singela também.
Respondi que queria ser singela e na mesma hora,singela, singela, comecei a repetir singela
A palavra destacou-se novíssimacomo as buganvílias do sonho.
Me atropelou.
— O que que foi? — ele disse.
— As buganvílias...
Como nenhum de nós podia ir mais além,
solucei alto e fui chorando, chorando,até ficar singela e dormir de novo.



É impressionante como Adélia consegue expressar o grito feminino.
Às vezes, penso que ela escrevendo sou eu pensando.
Uma coisa assim de morfismo entre nós.
Ri muito ao ler este poema.
E, singela, apenas concordei.

sábado, junho 28, 2008

simples

O tempo que caminha sem rumo
O silêncio que contempla a alma
Como um tempero natural
Cenas recorrentes de cada sol
Simples como o gosto do sal.

Leve, sinto alegria e canção
Criando, escrevendo a melodia
Vou exercendo meu oficio, menção
a cada momento deste meu dia.

Falo de gente, falo de cores
Vivo no som, a dor e os sabores
Repasso o dom, a voz e a verdade.
E falo mais que a tudo do Céu,
Simples como viver a eternidade



tentativa desesperada de escrever. saiu isso.
ainda não consegui analisar se ficou bom....

segunda-feira, junho 23, 2008

arte infantil

lá no meu varejo

por Gustavo Camargo Silva


lá no meu varejo
tem um percevejo
que te deu um beijo
com um pedaço de queijo.


Lindo!!!! poeta como a mãe... te amo!!!!

quarta-feira, junho 11, 2008

dia dos namorados




de uma forma ou de outra, eu sempre soube, sempre te esperei


segunda-feira, junho 09, 2008

mamãe e eu




Ela doce. Eu brava.
Ela experiência. Eu erupção.
Ela certeza. Eu dúvida.
Ela aconchego. Eu nem sempre.
Ela paciência. Eu irritação.
Ela lágrimas. Eu também.
Ela tudo pode. Eu não pode nada (só às vezes).
Ela silêncio. Eu música.
Ela frágil. Eu pareço forte.
Ela oração. Eu nem sempre.
Ela coração. Eu razão.
Ela agora avó. Eu ainda mãe.
Ela sempre mãe. Eu ainda filha.
Ela fala manso. Eu ...
Ela escuta. Eu não.
Espero aprender a ser tudo que ela é
Mais rápido do que tenho feito.

sexta-feira, junho 06, 2008

ultraseven, bicicleta e pipa



Um dia friozinho de inverno. Nos levantávamos e mergulhávamos num cobertor xadrezinho no sofá para ver TV antes de ir pra escola.
Sempre o mesmo roteiro: Meu pé de laranja lima, Ultraseven e Sitio do pica pau amarelo.
Enquanto eu me imaginava Emilia, com minha canastra de madeira, não sei o que se passava na cabeça dele.
Não importa. Valia que éramos cúmplices nessa nossa rotina de todo dia.
Brincadeiras de tentar pegar na parede o reflexo da luz do relógio.
Ficava imaginando estratégias de um dia conseguir essa façanha.
Andar de bicicleta na pracinha.
Soltar pipa com cortante (politicamente incorreto para os dias de hoje).
Jogar taco.
De uma forma ou de outra, éramos parceiros, apesar da diferença de idade.
Estávamos sempre grudados (ou eu sempre colada nele).
Era tão bom sentir essa ligação.
Hoje fico olhando minha caixa de e-mensagens e me pergunto: por quê toda essa distancia?
Irmãos deveriam estar sempre perto.
Afinal, pra que servem os irmãos?

quarta-feira, maio 28, 2008

Família





Acima de todas as coisas

Um sonho sonhado por Deus

Oásis de toda vida

Família


Lugar onde Deus habita

Refúgio do Seu amor

Ali Sua graça é bendita

Família


O conselho de um pai vale mais do que muitas riquezas

Um abraço entre irmãos despedaça os portais do inferno

O retorno de um filho, um banquete de paz e alegria

Tanta vida se esconde por trás de um sorriso materno

Bem mais do que todas as coisas

Feliz de quem cuida dos seus

Seus dias serão de alegria

Família

Lugar onde Deus habita

Refúgio do Seu amor

Ali Sua graça é bendita

Família

Acima de todas as coisas

Família

Oásis de toda vida

Família

(João Alexandre)

sexta-feira, abril 25, 2008

crônicas

Ando lendo uns blogs por aí muito diferentes. Fantástica essa coisa de Internet.
Voltando, cheguei à conclusão que não sei escrever crônicas. Elas são tão interessantes. Adoro. Mergulho nelas como se eu fosse o próprio autor. Putz! Por que é tão difícil? Não dá. Começo e já sai uma frase totalmente poética. Apago tudo. Tento, tento, nada.... que droga! Acho que vou comprar um manual :”como escrever sua própria crônica”.

quinta-feira, abril 10, 2008

FFFFFFFFOLHA.....

De vento que leva em poesia
De chuva que traz em paixão
Traça-se a rota da folha
Que desce enxurrada à porfia
E rola crescente vão em vão..

Folha de uva
Folha de cheiro, até de papel.
Este, molhado, desfaz.
Escrevo em azul minha história fugaz.
Folha verde esperança.

Folheia-se o tempo antigo
Lembranças de que já se leu.
Floresce o que eram só folhas,
Desfolha a flor que morreu.

Pé de pitanga.
Folhagem de quintal
Pede folha de manga.
Seca, té faz fogueira
E sobe no calor.
Voa, vai de novo ventaniando
Cair displicente em outra cachoeira.


Pra variar, saiu música.....

quarta-feira, março 26, 2008

O Grilo

Gióia Jr


Numa noite clara,
de Lua redonda
como um queijo branco
no prato do céu,
do meio do mato
uma voz ouvi,
que falava sempre:
CRI... CRI... CRI...

Vestido de noite,
perdido no escuro,
parado num canto
que não descobri,
seu corpo comprido,
de inseto elegante,
confesso nãi vi...
Só ouvi seu canto
na perdida sombra:
CRI... CRI... CRI...

Estava sozinho,
sem algum amigo
com quem conversasse;
então decidi:
"Com o grilo alegre
vou travar conversa".
- Ei, grilo, não temas,
que eu não sou de briga!
Creste no que eu disse?
... e o grilo, do escuro,
respondeu na hora,
como se endendesse:
CRI... CRI... CRI...

Fiquei muito alegre,
ele me entendia
e me respondia
com satisfação...
Pus-me a contar fatos
que o deixaram quieto,
prestando atenção:
"Uma vez, amigo,
veio ao mundo um homem
muito meigo e puro
perdoando a todos,
libertando escravos,
saciando pobres
e curando enfermos;
homem tão bondoso
como igual não vi..."
- Creste no que eu disse?
...Respondeu-me o grilo,
como se entendesse:
CRI... CRI... CRI...

"...Pois o tal profeta
(Ele era profeta),
como fosse humano,
dedicado e amigo,
recebeu dos homens
o pior castigo
que já conheci:
numa cruz pesada
foi crucificado,
suas mãos sangraram,
rasgadas, feridas,
sua fronte clara
foi lavada em sangue,
padeceu torturas
como nunca vi..."
- Creste no que eu disse?
...Respondeu-me o grilo,
como se entendesse:
CRI... CRI... CRI...

"...Mas, um dia, um belo
dia de domingo,
Esse homem puro,
que nenhum pecado
no mundo provou,
rompeu as cadeias
da morte gelada,
e ressuscitou...
Seu corpo, na pedra
do escuro sepulcro,
ninguém mais achou...
o nome bendito
do Ser soberano
da glória e da luz
soa como um hino,
às vezes humano,
às vezes divino,
o nome é ... JESUS...

Esse doce amigo
que sofreu assim
padeceu castigo
e morte por mim.
Para ser sincero,
devo confessar:
Ele foi ferido
para me salvar..."

- Bem, já se faz tarde,
vou dormir, amigo,
boa-noite, Grilo...
Mas, ó companheiro,
tu creste de fato
no que eu disse aqui?

... Respondeu-me o grilo,
como se entendesse:
CRI, CRI, CRI, CRI, CRI!!!



Fonte: http://www.geocities.com/feguizze/ogrilo.htm


Conheci esse site através do blog poesiaevanglica.blogspot.com, do SAMMIS REACHERS, que entrou em contato comigo esta semana.

Acho que desde que me conheço por gente escuto as poesias de Gióia Jr. Meu pai era um admirador incondicional de sua obra.

Gostava de recitá-las em todas as ocasiões: datas comemorativas na igreja, reuniões familiares; vez por outra datilografava uma e dedicava a alguém que estivesse precisando ouvir aquelas palavras.

Quando bati o olho no poema “O Grilo”, parece que vi meu velho declamando: “cri,cri, cri, cri...”

Um interiorano de estatura baixa, com olhar cortante desses que parecem ver além da matéria, bravo que só, mas de um carinho profundo pelas almas, aparentemente contraditório com seu jeitão estourado de ser.

E que saudade bateu.
De quando em quando isso me arrebata e me entrego às lágrimas, como que cachoeiras.
A ausência é o pior dos sentimentos.
É vazio mesmo.

A esperança que me move é a de que qualquer dia desses, darei um grande abraço no Sr. Onésimo, daqueles bem demorados que costumávamos ter.

segunda-feira, março 24, 2008

sabedoria

Cigarra.
Siga seu canto.
Sabe tudo sobre o céu cinza.
Será chuva?
Ditado bom.
Cigarra sobe seu tom.
Sapateia nas trilhas do vento.
Som sagrado. Divino dom.
E o dia passa apertado.
Envolto nas gotas suspensas.


24.03.2008
voltando do som do céu

quarta-feira, março 19, 2008

haicai

Tarde outonal.
Ressurge o sabor ácido
Da gota de limão.

sexta-feira, março 14, 2008

mulheres são de Vênus

Eis algumas definições para TPM:

- Todos os Problemas Misturados.
- Tendências a Pontapés e Murros.
- Temporada Proibida para Machos.
- Tocou, Perguntou, Morreu. (A melhor de todas!!)
- Tente no Próximo Mês.
- Tô Pirada Mêrrmo.
- Tempo Pra Meditação
- Tendência Para Matar
- Tira as Patas, Moleque
- Total Paranóia Mental

O Refém do Hormônio Feminino sabe que existem dias do mês em que basta um homem abrir a boca para ficar com sua vida por um fio. Esse é um guia útil, seguro, e que deveria estar sempre à mão, na carteira de todos o s maridos, namorados, amantes ou similares Memorize para sua própria segurança:

FRASES E PROCEDIMENTOS PARA SOBREVIVER A UMA MULHER COM TPM:

PERIGOSO: O que tem pro jantar?
SEGURO: Posso te ajudar com o jantar?
SEGURÍSSIMO: Onde você quer ir pra jantar?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Você vai vestir ISSO?
SEGURO: Nossa, você fica bem de marrom!
SEGURÍSSIMO: Uau! Tá uma gata!
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Tá nervosa por quê?
SEGURO: Será que não estamos exagerando?
SEGURÍSSIMO: Vem, deixa eu te fazer um carinho...
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: Será que você devia comer isso?
SEGURO: Sabe, ainda tem bastante maçã.
SEGURÍSSIMO: Quer um copo de vinho pra acompanhar?
ULTRA-SEGURO: Aqui, come esse chocolate.

PERIGOSO: O que você fez o dia todo?
SEGURO: Espero que você não tenha trabalhado demais hoje.
SEGURÍSSIMO: Adoro quando você usa esse robe!
ULTRA-SEGURO: Come mais um pouco de chocolate.


fonte: http://pavablog.blogspot.com

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Inventario

Família. Meus fofos e minha cara-metade.

Mamãe.

Amigos.

Meus amigos músicos.

Discos. Todos eles.

As musicas que sei decor (ixi.....nem cabe aqui).

As musicas que gosto (nooooossssssaaaa!!!!!).

Cantar.

Minhas poesias e meus afins.

Poetas favoritos. Drummond acima de todos!

Meu blog.

Livros (andei redescobrindo esse prazer).

Coisas engraçadas e idiotas (principalmente).

Jogar conversa fora.

Restaurantes, comida boa.

Frutas.

Viajar, lugares legais.

Sapatos. Mil.

Rebeldia. Pura e simples.

Ironia. Cinismo.

Filmes (Dead poets society).

Seriados (Friends).

Viver sem hora marcada.

Fazer nada.



vi num blog por aí. resolvi fazer o meu.

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

percepção







Quando é essa alegria que me invade
eu O reconheço no som das folhas
frágeis apenas por sua permissão

E o vento varre o chão,
levanta o cheiro de relva
e reacende essa brasa
que se amoitou ao cair daquela lua.

Outros raios dourados flanam
e meus olhos procuram sentir o calor
Estou certo que neste dia que desponta
terei nova canção pronta em meu peito,
fruto de Seu sublime amor.

Pois ao percebê-lO na criação
outro fôlego se dispõe
Me faz provar mais uma vez
que tudo se faz por meio de Ti (*)



(*) ...."Ti" com licença poética...achei que ficaria mais sonoro.







quarta-feira, fevereiro 20, 2008

despidos?

Calix Bento

Ó Deus salve o oratório
Ó Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada
Oiá, meu Deus,
onde Deus fez a morada, oiá

Onde mora o calix bento
Onde mora o calix bento
E a hóstia consagrada
Óiá, meu Deus,
e a hóstia consagrada, oiá

De Jessé nasceu a vara
De Jessé nasceu a vara
Da vara nasceu a flor
Oiá, meu Deus,
da vara nasceu a flor, oiá

E da flor nasceu Maria
E da flor nasceu Maria
De Maria o Salvador
Oiá, meu Deus,
de Maria o Salvador, oiá


Sempre pensei que essa música fosse de Milton Nascimento. Descobri hoje que se trata de canção popular, de autor desconhecido, lá das bandas das Gerais. Milton gravou. Sergio Reis gravou.
Melodia maravilhosa e letra iluminada.
Trata das coisas de Deus, da maneira tal qual Ele é: simples.
Poderia estar no Novo Cântico (hinário oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil). Alguém duvida?
(...)
Porém, a igreja brasileira ainda não nasceu.
A cultura brasileira não pode adentrar aos portões sagrados.
Nossa cultura é satanizada. Não é cultura sacra.
Existe isso? Cultura sacra/não sacra?
Que é cultura?


Cultura nada mais é que o conjunto de criações, de manifestações do modo de viver que um povo, um agrupamento de pessoas desenvolve ao longo do tempo, que lhe confere identidade, sentimento de pertinência. Está impressa em todos os segmentos da existência humana: arte, folcore, mitologia, costumes, tradições, crenças, moral, leis . É a marca d’água, a impressão digital de um povo.
Acredito nessa definição.
Partindo dela, tenho para mim, que nós, povo, respiramos cultura, dormimos cultura, acordamos cultura, vivemos cultura. Onde quer que estejamos. Recebemos e produzimos. Dia a dia.

Portanto, não consigo entender por que nós brasileiros quando adentramos ao templo sagrado, ao culto, tenhamos que nos despir de nossa impressão digital, deixá-la do lado de fora, para termos capacidade de adorar a Deus.

Quero adorar a Deus de corpo, alma, mente e cultura....

sábado, janeiro 05, 2008

ano novo

Listas de promessas
não cumpridas.
Diante de Ti
o coração transborda:
mais uma lágrima de dor.
Novo início.
Velho fracasso.
Nova prece.
De novo a certeza
de que poderia ter sido melhor.
Tristeza ao fim deste dia,
desta trilha.
Peço perdão
pelo que deixei de fazer...


achei jogado em uma gaveta(data:07.01.1994)...
tão atual....