quarta-feira, fevereiro 20, 2008

despidos?

Calix Bento

Ó Deus salve o oratório
Ó Deus salve o oratório
Onde Deus fez a morada
Oiá, meu Deus,
onde Deus fez a morada, oiá

Onde mora o calix bento
Onde mora o calix bento
E a hóstia consagrada
Óiá, meu Deus,
e a hóstia consagrada, oiá

De Jessé nasceu a vara
De Jessé nasceu a vara
Da vara nasceu a flor
Oiá, meu Deus,
da vara nasceu a flor, oiá

E da flor nasceu Maria
E da flor nasceu Maria
De Maria o Salvador
Oiá, meu Deus,
de Maria o Salvador, oiá


Sempre pensei que essa música fosse de Milton Nascimento. Descobri hoje que se trata de canção popular, de autor desconhecido, lá das bandas das Gerais. Milton gravou. Sergio Reis gravou.
Melodia maravilhosa e letra iluminada.
Trata das coisas de Deus, da maneira tal qual Ele é: simples.
Poderia estar no Novo Cântico (hinário oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil). Alguém duvida?
(...)
Porém, a igreja brasileira ainda não nasceu.
A cultura brasileira não pode adentrar aos portões sagrados.
Nossa cultura é satanizada. Não é cultura sacra.
Existe isso? Cultura sacra/não sacra?
Que é cultura?


Cultura nada mais é que o conjunto de criações, de manifestações do modo de viver que um povo, um agrupamento de pessoas desenvolve ao longo do tempo, que lhe confere identidade, sentimento de pertinência. Está impressa em todos os segmentos da existência humana: arte, folcore, mitologia, costumes, tradições, crenças, moral, leis . É a marca d’água, a impressão digital de um povo.
Acredito nessa definição.
Partindo dela, tenho para mim, que nós, povo, respiramos cultura, dormimos cultura, acordamos cultura, vivemos cultura. Onde quer que estejamos. Recebemos e produzimos. Dia a dia.

Portanto, não consigo entender por que nós brasileiros quando adentramos ao templo sagrado, ao culto, tenhamos que nos despir de nossa impressão digital, deixá-la do lado de fora, para termos capacidade de adorar a Deus.

Quero adorar a Deus de corpo, alma, mente e cultura....

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