sábado, junho 28, 2008

simples

O tempo que caminha sem rumo
O silêncio que contempla a alma
Como um tempero natural
Cenas recorrentes de cada sol
Simples como o gosto do sal.

Leve, sinto alegria e canção
Criando, escrevendo a melodia
Vou exercendo meu oficio, menção
a cada momento deste meu dia.

Falo de gente, falo de cores
Vivo no som, a dor e os sabores
Repasso o dom, a voz e a verdade.
E falo mais que a tudo do Céu,
Simples como viver a eternidade



tentativa desesperada de escrever. saiu isso.
ainda não consegui analisar se ficou bom....

segunda-feira, junho 23, 2008

arte infantil

lá no meu varejo

por Gustavo Camargo Silva


lá no meu varejo
tem um percevejo
que te deu um beijo
com um pedaço de queijo.


Lindo!!!! poeta como a mãe... te amo!!!!

quarta-feira, junho 11, 2008

dia dos namorados




de uma forma ou de outra, eu sempre soube, sempre te esperei


segunda-feira, junho 09, 2008

mamãe e eu




Ela doce. Eu brava.
Ela experiência. Eu erupção.
Ela certeza. Eu dúvida.
Ela aconchego. Eu nem sempre.
Ela paciência. Eu irritação.
Ela lágrimas. Eu também.
Ela tudo pode. Eu não pode nada (só às vezes).
Ela silêncio. Eu música.
Ela frágil. Eu pareço forte.
Ela oração. Eu nem sempre.
Ela coração. Eu razão.
Ela agora avó. Eu ainda mãe.
Ela sempre mãe. Eu ainda filha.
Ela fala manso. Eu ...
Ela escuta. Eu não.
Espero aprender a ser tudo que ela é
Mais rápido do que tenho feito.

sexta-feira, junho 06, 2008

ultraseven, bicicleta e pipa



Um dia friozinho de inverno. Nos levantávamos e mergulhávamos num cobertor xadrezinho no sofá para ver TV antes de ir pra escola.
Sempre o mesmo roteiro: Meu pé de laranja lima, Ultraseven e Sitio do pica pau amarelo.
Enquanto eu me imaginava Emilia, com minha canastra de madeira, não sei o que se passava na cabeça dele.
Não importa. Valia que éramos cúmplices nessa nossa rotina de todo dia.
Brincadeiras de tentar pegar na parede o reflexo da luz do relógio.
Ficava imaginando estratégias de um dia conseguir essa façanha.
Andar de bicicleta na pracinha.
Soltar pipa com cortante (politicamente incorreto para os dias de hoje).
Jogar taco.
De uma forma ou de outra, éramos parceiros, apesar da diferença de idade.
Estávamos sempre grudados (ou eu sempre colada nele).
Era tão bom sentir essa ligação.
Hoje fico olhando minha caixa de e-mensagens e me pergunto: por quê toda essa distancia?
Irmãos deveriam estar sempre perto.
Afinal, pra que servem os irmãos?