terça-feira, maio 30, 2006

querência






Poeira vermelha do chão batido
Levanta lembranças velhas
Dessa estrada, que muito choro, viola cantou.

Chapéu na mão e um rosto suado.
Rebanho cansado, mas toco em frente e sempre vou.
Mato seco, e o céu rosado.
Nenhuma nuvem embranquece a tarde colorida.

Ver...
Pra onde vai essa terra sofrida?
Viver...
Nenhum sustento amanhã talvez.
Permanecer...
Somente por graça, fiel, imedida.

Esperança tenho
Presente em meu peito
levo a vida silente, sereno,
a cada dia com fé e paciência.
Pois sei que num tempo perfeito
Verei a terra molhada, e a planta crescendo
Numa eterna e nova querência.



imagem: http://www.comartevirtual.com.br/gifs/rodpint11.jpg

quarta-feira, maio 24, 2006

????

Eu e o Fábio estamos explodindo em letras, melodias, palavras, sentimentos...
Acho que Deus está nos chamando novamente pro nosso talento.
Isso tem que ser aproveitado..
Precisamos fazer algo a respeito.


olha só o que ele escreveu por esses dias:



Ainda hoje, prometo
rabisco uns versos, um soneto
de poucas palavras
e extrema emoção.

Quase uma duzia de frases
que dirão tudo em partes
quem ler chorará
ou, quiçá, não.

Ainda hoje, certeza
O mundo terá, com clareza
de fatos, poesia de vidas, canção.

Ainda hoje, prometo
Cantar, tocar do meu jeito
pedaços da alma, coisas do coração.

Se bem que o tema é incerto:
De fé e amor está perto,
e agruras do dia,
e histórias na mão.

Ainda hoje, certeza
peço licença, a fineza:
juntam-se os versos,
dedos e violão.

Ainda hoje, prometo
faço da musica um intento
que seja verdade
que eu seja um dos Seus.

Ainda hoje, certeza
tudo de mim, inteireza,
voz e acordes,
um hino ao meu Deus.(maio/2006)

aviva

Carlinhos Veiga/Olemir Cândido


Vivemos dias tão maus
Onde o engano e a vaidade reinam
Teu povo se perturba
Com esses valores
Livra-nos de negarmos nossa fé
Livra o teu povo de cair

Aviva tua obra, ó Senhor
E faze-a conhecida
Mesmo que custe a vida
Usa-me com graça, ó Senhor


Essa música do Carlinhos.... hoje acordei com ela na cabeça. É impressionante a visão que ele tem do mundo. Penso que ele é um profeta dos nossos tempos. Se pudessem ouvir a melodia... é maravilhosa!!!

HOJE NÃO

Perco a forma
Do meu melhor verso.
Por distração,
Até por cansaço.
Se o vejo passar?
É certo.
Mas faltam-me forças
Para correr atrás.
No céu, à minha frente,
Existe um convite
Que se espalha
Na imaginação e
Quase consegue levar meu corpo
À procura da palavra.
Mas as nuvens dão-me sono,
Como suaves nuances
Que cintilam em meus olhos.
Hoje não tenho vontade
De ser poeta.


OUTUBRO/92


Essa poesia é de 1992 (faz tempo...) Estou numa fase literária "bastante crente". Só estou conseguindo escrever sobre Deus. Isso é maravilhoso, mas não tem saído nada "mundano".

sexta-feira, maio 05, 2006

onipotência




Na imensidão do mar
Que esconde mistérios
Coloquei meu pensamento.
Medo da grandeza.
As ondas levam e trazem
Conforme seu augusto prazer.

Calmaria, solidão.
Tempestade, turbilhão.
Contraste majestoso
De vida e morte.

Água que saneia.
Profundidade que explode em vida.
Sal que permeia.
Matéria que matiza em cores.

Minha vida jogada ali.
Tão efêmera.
Tão volátil.
Tão pequena.

Força.
Mito.
Escuridão.

Em pensar meu Mestre
Sussurando apenas.
Dono da vida.
Senhor do mar.
A fúria dissipou-se.
Curvando-se ao onipotente querer.


05.05.2006

imagem: img.photobucket.com/.../ turner01_judiaria_sw.jpg

quinta-feira, maio 04, 2006

coração púrpura (Lídia)

O rio corre sereno
Como nossas orações.
Mulheres se curvam humildes,
Buscam a Deus de seu jeito.

Nessa praia, a água tão clara
Remete ao seu amor incomparável,
Seu proteger inefável,
Seu proceder perfeito .

Maravilhoso como Deus
Em sua soberana vontade
O coração dos seus prepara
Para receber a santa verdade.

Aquelas doces palavras
Vieram ao nosso encontro.
O reino de Deus chegara.
Foi como saber disso o tempo todo.

Jesus , a água da vida,
Seu espírito mandou naquele momento,
Agindo tal qual bom pastor
Trazendo graça imedida
Certeza, perdão e alento.


Ao ver Paulo e Silas pregando
Tudo tão claro ficou
Salvação hoje e sempre
Em minha casa, minha alma entrou.


E o coração que já era bem perto,
Vermelho como as tintas que vendo,
Hoje canta glórias ao Rei,
Pulsante, feliz, leve como o vento.


29/04/06