terça-feira, fevereiro 27, 2007
sossega
No meio da vida, voando, vazia
Anseios, turbulência, medo, aflição.
Pensamentos, sonhos, tormentos,
Pedaços de história aparentam não ter fim.
E a vida?
Que é a vida?
Tão ligeira, volátil efêmera?
Matéria que respira.
Alma que geme.
Gente que passa.
Gente que morre.
A morte assombra.
E esse medo?
Alado como vento
Chega, para e se instala.
Suor frio escorre.
O corpo treme.
Os olhos fecham.
Ansiedade.
Tão sórdida
Quanto o manto da noite
Que esconde, aflige e desespera.
Espera.
Coração amassado
Busca caótica.
Tudo tão humano!
Se Deus veste os lírios do campo,
Alimenta as aves,
Enche os mares,
Molha a relva.
Sossega coração atribulado!
Entrega.
Espera.
27.02.2007
imagem: http://populo.weblog.com.pt/arquivo/hands.jpg
a pedra de amolar
Roberto Diamanso
Aquele que comigo, quando eu choro, chora
Aquele que comigo dança,
A este jamais direi:
Ora ,não me amoles
Porque se como o ferro com ferro se afia
Afia o homem a seu amigoI
Isto hoje te digo:
Podes me amolar!
Ó Deus,dá que quando entre eu e meu amigo
Houver atrito a ponto de sair faísca de fogo
Que eu não me desaponte porque esse tal
É enviado teu pra que eu não fique cego
Porque cego não vê que sem o esmeril
Se perde o fio,o gume
Quem pode perceber,não perde a comunhão,assume
Estende a mão,aceita
A pedra de amolar
Ontem (26.02) fomos ver o Silvestre Kuhlmann, o Stenio Marcius e o Roberto Diamanso no Espaço Redenção.
Esse Roberto Diamanso é um cara super simples, mas dele jorram palavras profundas, que calam bem dentro da alma....
Maravilhoso!!!!
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