terça-feira, fevereiro 27, 2007

sossega




No meio da vida, voando, vazia
Anseios, turbulência, medo, aflição.
Pensamentos, sonhos, tormentos,
Pedaços de história aparentam não ter fim.

E a vida?
Que é a vida?
Tão ligeira, volátil efêmera?

Matéria que respira.
Alma que geme.
Gente que passa.
Gente que morre.
A morte assombra.

E esse medo?
Alado como vento
Chega, para e se instala.
Suor frio escorre.
O corpo treme.
Os olhos fecham.

Ansiedade.
Tão sórdida
Quanto o manto da noite
Que esconde, aflige e desespera.
Espera.

Coração amassado
Busca caótica.
Tudo tão humano!

Se Deus veste os lírios do campo,
Alimenta as aves,
Enche os mares,
Molha a relva.
Sossega coração atribulado!
Entrega.
Espera.



27.02.2007
imagem: http://populo.weblog.com.pt/arquivo/hands.jpg

Um comentário:

Fabinho Silva disse...

Bom retorno!!! gostei...