segunda-feira, setembro 25, 2006

confissão


Letra e música: Fabinho Silva


CONFISSÃO (Salmo 51)

Deus, vês as minhas transgressões
Por tuas misericórdias
Tendes compaixão de mim.

Sei que pequei só contra ti
E todo o mal que fiz
Está sempre diante de mim.

Ó, não rejeites meu clamor
Apaga toda minha transgressão
E meus lábios cantarão o teu louvor!

Então, a alegria de viver
a tua salvação
e nela me suster.

Lava-me, Senhor,
Pois estou impuro
Usa o teu amor,
Purifica-me de tudo.

Um espírito que não pode se abalar
renova
E vem criar um puro coração
em mim.



Essa música acabou de ganhar o 1º lugar do FESTFUSA (Festival de musica da Federação das UMP's de Santo André)

dia 23.09.2006

Foi no Teatro Paulo Machado de Carvalho - São Caetano do Sul.


PARABENS, FABINHO!!!!!!!!!

sexta-feira, setembro 22, 2006

pedido




Senhor, há vontade de servir-te correto.
Almejo a missão perfeita, que,
penso estar fora dos portões da tua casa.

É bom congregar com teu povo,
É calor, crescimento,
Sustento, renovo.

Mas, passam pelos nossos vidros,
Chorosos, feições oprimidas,
Sedentos de consolo, pobres de espírito,
Almas cansadas, vidas cativas.

Ó Pai, há tantos perdidos, que precisados estão
do teu amor virtuoso, não-político, fiel e
inaugurador de outrora incaptável perdão.

Senhor, queria eu que minha canção
Agora aflita e suplicante
Fosse rio que jorra e inunda,
Vida que pulsa e transborda,
Não-inerte, intensa, abundante.

Faz-me um servo testemunhador,
Rico em esperança e
Derivado de graça, sublime amor,
Resultado do teu querer,
Teus feitos, digno, faz-me, Senhor, viver.


21.09.2006

imagem:xafarica.weblog.com.pt/arquivo/pobres-thumb.jpg

diário de menina

Dia 02

Ei, é meu aniversário!!!!
Doze anos.
Será que vai ter festa?


Dia 15.

Hoje eu acordei me sentindo diferente.
Meus cabelos estão longos e brilhantes
Meu olhar tem um outro prisma
Meu dorso já não é igual.
Minhas bonecas estão naquele canto, perto da janela.
Não consigo mais falar com elas
Também não me ouvem mais.
Não vejo mais graça nisso.
Às vezes, ouço cochichos pelo ar:
“- Está crescendo....”
Tenho aprendido a costurar.
Engraçado que antes, ninguém me deixava mexer em nada.
Agora, querem me ensinar de tudo.
O que será que anda acontecendo?


Dia 27

Mamãe hoje me falou sobre o filho do sr. Ezequiel.
Perguntou se eu o achava bonito.
Não estou falando?
As coisas andam meio estranhas por aqui.


Dia 30

Não tenho passado bem estes dias.
Acho que estou com febre.
As aulas de costura foram até suspensas.
Papai trouxe um médico aqui.
Eles conversaram por muito tempo sobre mim.
Mas, ninguém me falou nada.
Só me mandam ficar deitada.



Dia 02

Estou com muita vontade de dar um passeio.
Lembrei do meu aniversário.
Aquele foi um dia tão bom.
Estavam todos muito alegres.
Há um sol lindo lá fora.
Queria molhar meus pés no rio, como sempre fazia.
Ao mesmo tempo, meu corpo está cansado.
Não consigo levantar.
Minha cabeça dói demais.
Mamãe anda chorando pelos cantos, quase nem sorri.
Muita gente já veio me ver.
Alguns trazem remédios.
Estou enjoada de tantos vidros e potes.


Dia 10

Hoje aconteceu algo muito estranho
De repente, não estava mais em meu quarto.
Só que não lembro de ter saído de casa.
Fui andando por um lugar diferente.
Muito iluminado.
Tinha uns anjos que sorriam para mim,
Me dizendo “- venha, é por aqui.”
Procurei por minha mãe ou meu pai, mas tinha tanta gente.
Ouvi bem longe um som maravilhoso.
Parecia um coral que cantava:
“Santo! Santo! Santo!”
Será que me levaram a uma sinagoga?
Não tinha cara de sinagoga ali.
O que achei interessante é que não estava mais cansada.
Me senti leve como se aquele mal estar de antes tivesse desaparecido.
Andei mais um pouco e me deparei com um trono.
Nunca havia visto algo semelhante.
Uma luz muito intensa saía dele e não dava pra enxergar quem estava sentado.
Havia lá também vários anjos ao redor.
Quando fui me aproximar mais, para tentar ver o dono do trono,
Escutei uma voz que dizia:
“Talita, cumi!!!” , ou seja, “menina, levanta-te!”
Era um convite irresistível.
Uma voz suave e firme ao mesmo tempo.
Abri os olhos e estava novamente em meu quarto.
Havia alguém diferente ali.
Um homem ao lado de minha cama me olhava.
Naquele instante entendi que era ele quem havia me trazido de volta.
Reconheci sua voz.
Ele me olhava e me transmitia um amor tão grande.
Inexplicável. Maior do que sentia que meus pais tinham por mim.
Parece que se preocupava comigo.
Mas eu nem o conhecia.
Só ouvi a sua voz e obedeci.
Não havia como não faze-lo.
Quando ele me falou, acordei.
Todos que estavam em meu quarto, se maravilhavam.
Meus pais choravam como crianças.
Se abraçavam e me abraçavam e davam glórias a Deus.
Eu ainda não estava entendendo.
Mas, agora eu estava faminta.
Pedi um lanche e minha mãe foi correndo fazer.



Dia 15

Todos os dias sonho com aquele lugar por onde passei.
Às vezes penso que queria voltar lá.
Lembro-me do homem do amor tão grande.
De alguma forma, sei que ambos tinham uma ligação.
Agora preciso dormir.
Amanhã tenho aula de costura.
Não quero perder.





baseado no texto: Mateus 9:18-26

"Mateus 9:18 Enquanto Jesus estava falando ao povo, um chefe religioso chegou perto dele, ajoelhou-se e disse: - A minha filha morreu agora mesmo! Venha e ponha as mãos sobre ela para que viva de novo.

Mateus 9:19 Então Jesus foi com ele, e os seus discípulos também foram.

Mateus 9:20 Certa mulher, que fazia doze anos que estava com uma hemorragia, veio por trás de Jesus e tocou na barra da capa dele.

Mateus 9:21 Pois ela pensava assim: "Se eu apenas tocar na capa dele, ficarei curada."

Mateus 9:22 Jesus virou, viu a mulher e disse: - Coragem, minha filha! Você sarou porque teve fé. E naquele momento a mulher ficou curada.

Mateus 9:23 Depois Jesus foi para a casa do chefe religioso. Quando viu os que tocavam música de enterro e viu a multidão numa confusão geral,

Mateus 9:24 disse: - Saiam todos daqui! A menina não morreu; ela está dormindo! Então começaram a caçoar dele.

Mateus 9:25 Logo que a multidão saiu, Jesus entrou no quarto em que a menina estava, pegou-a pela mão, e ela se levantou.

Mateus 9:26 E a notícia a respeito disso se espalhou por toda aquela região."

terça-feira, setembro 19, 2006

Raiz duma terra seca

Letra: Débora Camargo
Música: Fabinho Silva

Procurando nas notas caminhos
Que incertos, parecem morrer,
Vou vivendo, vagando, perdendo
A fé lutando, tentando
O alvo manter, sem medo, só crer .

Céu inerte, sem cor.
Vento velado, vazio, apagado.
Meu peito chorando, sofrendo.
Vai a vida, levando, correndo
Pra qualquer lado, perdido sem ver.

Mas se a noite é longa,
Se a mente vaga,
Se o vento é fraco,
Se o caminho morre,

Ele que é vitória, concreta e forte,
Rebenta glorioso,
Renasce, floresce,
A vida ressurge, a seiva aparece
Como em um tronco profundo corte
Como chuva na criação
Como raiz duma terra seca.


13.06.2006


MUUUUUUUUUUUUUIIIIIIIIIIIIIIITOOOOOOOOOOOOO LEGAL!!!!!!!