quarta-feira, maio 24, 2006

HOJE NÃO

Perco a forma
Do meu melhor verso.
Por distração,
Até por cansaço.
Se o vejo passar?
É certo.
Mas faltam-me forças
Para correr atrás.
No céu, à minha frente,
Existe um convite
Que se espalha
Na imaginação e
Quase consegue levar meu corpo
À procura da palavra.
Mas as nuvens dão-me sono,
Como suaves nuances
Que cintilam em meus olhos.
Hoje não tenho vontade
De ser poeta.


OUTUBRO/92


Essa poesia é de 1992 (faz tempo...) Estou numa fase literária "bastante crente". Só estou conseguindo escrever sobre Deus. Isso é maravilhoso, mas não tem saído nada "mundano".

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