segunda-feira, maio 28, 2007

velha toada

Pele suada
Vida sofrida é assim
Fim de estação.
Velha toada
Conta a historia de mim,
Minha sede, meu chão.
Pisa o barro talhado
Gente do sertão.

Tarde rosada
Descansa o mato febril
O sol já se põe.
Marca na estrada
Onde um dia foi rio
Ossada de boi.
Terra rija, sem vida,
Esperança se foi.

Boca amarga
É mais que uma sede feroz.
Seca no peito
Um coração feito em pó
Que sobe pros olhos
E jorra com jeito de terra
Junto com a tarde e a luz
Meu canto se encerra.


Deito exausto
No mato, sem jeito, e assim
Olho pro céu.
Me embriago
No orvalho que gruda em mim
Gruda qual mel
Na escuridão
eu me perco sozinho, ao léu.

Nessa tristeza,
Em forma de névoa
eu vi a estrela brilhar.
Quase certeza
Perturba a mente ali
Querendo mudar,
Meu desespero e sorte,
Meu murmurar.

A luz dissipa
Parece que eu adormeço
Confuso, sincero,
Só sei que de tudo eu esqueço.
A noite traz choro
e o choro nao dura até o dia.
A cada manhã o Pai do Céu
renova a minha alegria.

Feita por mim e pelo Fabio.
Foi engraçado como foi feita.
Começamos a fazer juntos.
Depois, ficou lá esquecida.
Aí o Fábio fez mais um pedaço.
Então, tentei terminar. Fiz um poema bem típico meu. Nada musical.
O Fábio refez a poesia, transformando-a numa versão musical.
Saiu essa música. ficou beeeeeeemmmmm legallllllllllllllllllll!!!!
"A do CD..."
tem alguma coisa de "querência". tudo bem, é do mesmo estilo e, afinal, auto-plagio é permitido.
21/07/2006

Nenhum comentário: