segunda-feira, março 27, 2006

o espelho

Arranha-céus.
Concreto armado.
Resquícios do azul natural.
A procura desvairada em cada rosto...
Onde estás?

Viadutos sufocantes.
Veículos tresloucados
Em guerra crua contra o tempo.
A procura desvairada em cada esquina...
Onde estás?

Vil corrida pela cidade.
Avenidas.
Rudes combinações de sons.
Visual fremente.
Cinzentos tons.
A procura desvairada em cada espaço...
Onde estás?

Todos os lugares.
Fim da cidade.
Vã procura.
De repente,
Um espelho.
Dele se desprende
A tua imagem
Sacramentada em meu próprio mundo.
Lá estavas e eu não te via...

Junho/90

uma das primeiras poesias

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