terça-feira, maio 30, 2006

querência






Poeira vermelha do chão batido
Levanta lembranças velhas
Dessa estrada, que muito choro, viola cantou.

Chapéu na mão e um rosto suado.
Rebanho cansado, mas toco em frente e sempre vou.
Mato seco, e o céu rosado.
Nenhuma nuvem embranquece a tarde colorida.

Ver...
Pra onde vai essa terra sofrida?
Viver...
Nenhum sustento amanhã talvez.
Permanecer...
Somente por graça, fiel, imedida.

Esperança tenho
Presente em meu peito
levo a vida silente, sereno,
a cada dia com fé e paciência.
Pois sei que num tempo perfeito
Verei a terra molhada, e a planta crescendo
Numa eterna e nova querência.



imagem: http://www.comartevirtual.com.br/gifs/rodpint11.jpg

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